Apresentação do livro “O Essencial sobre José Saramago”
«A GLOBALIZAÇÃO DE ROSTO HUMANO» — Ciclo de Conferências
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60 Anos de Poesia – Vol. II
António Manuel Couto Viana
«No seu percurso poético, Couto Viana não seguiu sempre a mesma estrada. Depois do inicial egotismo de Avestruz Lírico, conhece companheiros com afinidades electivas e literárias, que se reúnem na revista Távola Redonda. Mas o seu solar mundo estético foi subitamente perturbado por circunstâncias obscuras, que se exprimem na linguagem sibilina, e por vezes áspera, de Relatório Secreto. E quem se olhava sempre a si próprio abre os olhos ao mundo circundante, vendo, ainda que não visível, o que ele já pressente: o poeta faz-se vate. A partir de Pátria Exausta, ouve o ruído surdo de uma tempestade que se aproxima. O pressentimento transforma-se em lamento, quando faz o inventário do desastre. Refeito do desespero, renasce a esperança de um futuro ainda possível. No longínquo Oriente, descobre pegadas de antepassados nossos, que lhe restituem o orgulho de ser português. No Oriente, descobre também outro universo e outra civilização, exóticos para olhos ocidentais. Da lírica intimidade, a sua poesia acede ao visual e descritivo. Regressando à terra e a si mesmo, escreve os poemas crepusculares e, não raro, irónicos de Café de Subúrbio. Uma Lisboa periférica é o melancólico observatório em que o «Velho» – assim se autodenomina o Poeta – vê, desencantado, os outros e se a si mesmo.» João Bigotte Chorão
«No seu percurso poético, Couto Viana não seguiu sempre a mesma estrada. Depois do inicial egotismo de Avestruz Lírico, conhece companheiros com afinidades electivas e literárias, que se reúnem na revista Távola Redonda. Mas o seu solar mundo estético foi subitamente perturbado por circunstâncias obscuras, que se exprimem na linguagem sibilina, e por vezes áspera, de Relatório Secreto. E quem se olhava sempre a si próprio abre os olhos ao mundo circundante, vendo, ainda que não visível, o que ele já pressente: o poeta faz-se vate. A partir de Pátria Exausta, ouve o ruído surdo de uma tempestade que se aproxima. O pressentimento transforma-se em lamento, quando faz o inventário do desastre. Refeito do desespero, renasce a esperança de um futuro ainda possível. No longínquo Oriente, descobre pegadas de antepassados nossos, que lhe restituem o orgulho de ser português. No Oriente, descobre também outro universo e outra civilização, exóticos para olhos ocidentais. Da lírica intimidade, a sua poesia acede ao visual e descritivo. Regressando à terra e a si mesmo, escreve os poemas crepusculares e, não raro, irónicos de Café de Subúrbio. Uma Lisboa periférica é o melancólico observatório em que o «Velho» – assim se autodenomina o Poeta – vê, desencantado, os outros e se a si mesmo.» João Bigotte Chorão
- ISBN972-27-1228-4
- Código1009234
- Data de publicaçãoJaneiro de 2004
- Nº de páginas596
- TemaLiteratura e Ficção
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