No ano em que se comemoram os 500 anos da morte de D. Manuel I, o Museu Nacional de Arte Antiga inaugurou, na sexta-feira passada, dia 25 de junho, a exposição temporária «Vi o Reino Renovar. Arte no Tempo de D. Manuel I». Esta exposição resulta de uma parceria entre o MNAA, a Biblioteca Nacional de Portugal e os Arquivos Nacionais/Torre do Tombo.
O catálogo da exposição, uma coedição da Imprensa Nacional e do MNAA, perpetua a mostra e é acompanhado por ensaios de grande rigor histórico que contextualizam a seleção das peças apresentadas na exposição. Este catálogo conta com textos de Alexandra Reis Gomes Markl, Alice Sedgwick Wohl, Ana Kol Rodrigues, Anísio Franco, Constança Azevedo Lima, Diogo Ramada Curto, Hélder Carita, Isabel Almeida, Joaquim Oliveira Caetano, Leonor de Liz Amaral, Luísa Penalva, Maria de Lurdes Rosa, Maria João Vilhena de Carvalho, Maria José Azevedo Santos, Maria Lima Mayer, Mário de Gouveia, Miguel Metelo de Seixas, Miguel Soromenho, Paulo Santos Costa, Rafael Moreira Randolph C. Head, Rosa Azevedo, Rui Manuel Loureiro e Sylvie Deswarte-Rosa. A coordenação científica é de Joaquim Oliveira Caetano, Rosa Azevedo e Rui Manuel Loureiro; a coordenação editorial de Ana Sousa e Miguel Soromenho.
«Vi o Reino Renovar» pretende analisar a relação do monarca com a prática artística, uma das mais importantes de toda a história portuguesa, não apenas na intensidade com que promoveu, patrocinou e encomendou obras de arquitetura, iluminura, pintura, escultura ou artes decorativas, mas também pela forma como utilizou a produção artística na sua estratégia de representação e afirmação real.
Para esta mostra o Museu Casa da Moeda cedeu, a título de empréstimo, um conjunto de onze moedas de ouro, prata e cobre, entre as quais o célebre português (MCM 4906), a moeda de prestígio internacional que era utilizada nas rotas do comércio que ligavam a Europa e a Ásia no reinado de D. Manuel I.
A D. Manuel I ficamos a dever a introdução, na administração régia, de estruturas vocacionadas para a gestão dos seus projetos artísticos e arquitetónicos, criando vedorias e incorporando artistas nesse sistema, com cargos próprios que incluíam funções de administração, gestão e de diplomacia.
Através de um amplo conjunto de peças, cuja cedência envolveu vários museus, arquivos e bibliotecas nacionais, esta exposição temporária analisa não só a relação do monarca com a prática artística mas também a forma como utilizou a arte na sua estratégia de representação e afirmação real.
A exposição fica patente até 26 de setembro de 2021.
Saiba mais detalhes sobre o catálogo Vi o Reino Renovar. Arte no Tempo de D. Manuel I, aqui.