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Carlos Reis em entrevista #1/4. «Na literatura está muito da nossa maneira de ser, da nossa atitude perante a vida.»

Autores BFLP Carlos Reis Literatura Portuguesa

por Tânia Pinto Ribeiro

Foi com A Capital! (Começos duma carreira) que se estreou no universo de Eça de Queirós. Tinha 14 anos. Mais tarde, já na década de 1990, foi também com A Capital que Carlos Reis, acolhido por Vasco Graça Moura, inaugurou a coleção «Edição Crítica das obras de Eça de Queirós». Atualmente, colabora de forma intensa e regular com a INCM, continuando à frente de projetos como a «Edição Crítica» e a «Biblioteca Fundamental da Literatura Portuguesa». E foi também na capital portuguesa que a PRELO esteve à conversa com este académico de Coimbra, nascido nos Açores, que abomina as praxes, mas que está já rendido à dinâmica dos blogues. E ao Novo Acordo Ortográfico. Uma conversa à volta dos livros, das edições, do ensino das Letras e, claro, do incontornável Eça, que, tal como Pessoa, também tinha uma arca… mas esta foi ao Brasil e voltou!

AUTOR NA IMPRENSA NACIONAL DESDE 1989

PRELO (P) — O professor tem privilegiado a INCM para publicar os seus trabalhos. Como e quando nasceu a sua relação com a editora pública?

CARLOS REIS (CR) — Nasceu há alguns anos, já nos anos 90, pela mão de uma figura fundamental para esta casa e que já não está connosco: Vasco Graça Moura. Foi o Vasco Graça Moura quem acolheu a ideia das «Edições Críticas». Na altura, o Eça e, logo a seguir, o Pessoa. Desde essa época foi cada vez mais evidente que à Imprensa Nacional cabia esta função tão importante de resguardar textos de natureza patrimonial. No meu caso foi Eça, porque sempre o estudei, e era preciso fazer edições do Eça. Devo, de facto, este tributo a Vasco Graça Moura.

P — Estreou-se na INCM com que obra?

CR — O primeiro volume da Edição Crítica publicado foi A Capital! (Começos duma carreira). Saiu em 1992, em edição preparada por Luiz Fagundes Duarte. Logo a seguir veio o Alves & Companhia. Não tenho exatamente ordem, mas vão já 15 volumes publicados até agora.

Edição crítica das obras de Eça de Queirós

A EDIÇÃO CRÍTICA DE EÇA DE QUEIRÓS

P — Para si qual é a importância da «Edição Crítica das Obras de Eça de Queirós» para as letras e para os leitores portugueses?

CR — É um pouco como quem restaura uma tela que o tempo degradou ou uma fachada de uma catedral que também se estragou e que precisa voltar ao que seria o seu estado inicial. Os textos, tal como as obras de arte, também se estragam e estragam-se sobretudo em duas circunstâncias: uma, quando os escritores deixam manuscritos por publicar, que podem ser mal lidos, mal publicados… e a outra, quando o escritor é tão popular, como é o caso do Eça, que favorece múltiplas edições. Como antes não havia métodos de reprodução fotomecânica, ao reeditar, mesmo que fosse exatamente o mesmo texto, era inevitável introduzir alguns erros, erros esses que se vão repetindo.

P — Há também que fixar o texto…

CR — Fixar o texto é o primeiro passo para uma edição crítica. Isto é, saber qual o texto que constitui ou que constituiria a vontade do autor. Para isso, fazem-se várias operações que a crítica textual tem relativamente definidas. O editor é crítico porque, por vezes, decide criticamente que é a versão «A» e não a versão «B» ou «C», aquela que melhor representa o propósito artístico do autor.

P — Cada editor terá o seu critério…

CR — Sim, cada editor de edição crítica tem a sua capacidade de decidir, mas há certas regras que metodologicamente são seguidas e que dão uma certa segurança a esta espécie de ciência auxiliar dos estudos literários.

P — Quais são os principais eixos que caracterizam esta coleção?

CR — Esses eixos estão determinados pela sua organização interna e a primeira distinção que é preciso fazer é a seguinte: o Eça é um escritor que em vida publicou relativamente pouco. Em vida, o Eça só publicou O Crime do Padre Amaro, O Primo Basílio, A Relíquia, Os Maias, O Mistério da Estrada de Sintra, juntamente com Ramalho Ortigão, e O Mandarim. Não me estou a esquecer de nenhum. Logo quando morreu estavam para publicação A Ilustre Casa de Ramires, A Correspondência de Fradique Mendes, A Cidade e as Serras e ficou muita coisa que só foi descoberta depois: A Capital!, Alves & Companhia, A Tragédia da Rua das Flores… Muitas dessas coisas foram posteriormente editadas de uma maneira pouco profissional, cometeram-se erros que a edição crítica tenta reverter. Portanto, a estrutura da edição crítica reparte, antes de mais, os textos que o Eça publicou e os textos que o Eça não publicou. Reparte também textos que são romances e textos que são de imprensa e outros que são textos epistolares e outros ainda que são mais difusos.

P — Também havia uma arca?

CR — Havia mesmo! E muita gente não sabe que foi para o Brasil e voltou…

P — Pode relatar-nos a história dessa viagem?

CR — A história é que essa arca, um pequeno baú de lata, que está nesta altura na Fundação Eça de Queirós, tinha ficado na posse da família de Ramalho Ortigão, que tinha um filho no Brasil. A certa altura descobriu-se que tinha ali uma papelada que não era dele. Como tinha relações de amizade com os filhos do Eça mandou a arca para cá. E foi aí que se ficou a saber da existência d’A Capital!, do Alves & Companhia, d’A Tragédia da Rua das Flores, de cartas inéditas de Fradique Mendes, muita coisa…

P — Em 2015 está tudo publicado, daquilo que se conhece?

CR — Sim. Do que se conhece, está tudo publicado. Mais que publicado: umas vezes mal publicado, outras vezes bem publicado. Portanto, não há novidades. De vez em quando aparecem manuscritos, mas de textos já publicados. Por exemplo, quando estávamos a preparar a edição da Correspondência de Fradique Mendes apareceu um monte de manuscritos que ainda foram úteis para a edição crítica.

BIBLIOTECA FUNDAMENTAL DA LÍNGUA PORTUGUESA

P — O Carlos Reis tem coordenado também o projeto da Biblioteca Fundamental da Literatura Portuguesa. Em que consiste esta coleção?

CR — Foi uma ideia que me foi proposta e que desenvolvi com muito gosto, cujo título fala por si. No sentido em que nós podemos olhar para a literatura portuguesa como um corpus muito alargado, mas nesse corpus muito alargado, tal como na literatura espanhola, francesa, italiana ou inglesa há autores a quem nós chamamos de autores do cânone e outros que não o são. Pode ser muito discutível quais são os autores do cânone, mas há coincidências e convergências. Facilmente, concordamos que Camões, Garrett, Eça, Camilo, Pessoa são autores fundamentais. Mas também são fundamentais autores de segunda linha, vamos-lhe chamar assim, que nem sempre estão disponíveis no mercado. Posso dar um exemplo, As Memórias dum Doido, de António Pedro Lopes de Mendonça. Poderia dar outros exemplos. São autores que são fundamentais para entendermos a nossa identidade e que, muitas vezes, as editoras comerciais não têm possibilidade de editar. Julgo que foi com esse espírito que a Imprensa Nacional decidiu que era seu dever institucional facultar a um público mais alargado edições relativamente simples, rigorosas quanto aos textos, com instruções de tipo pedagógico, sem aparato erudito de notas e a preços acessíveis. Trazer para o público, por exemplo, a poesia da Marquesa de Alorna, uma autora fundamental na passagem do século XVIII para o século XIX, mas que muitas vezes não se encontra no nosso mercado.

P — E como se processou o trabalho de seleção destes autores e obras?

CR — O trabalho de seleção foi feito por mim, depois proposto à Imprensa Nacional. Confrontei essa seleção com alguns colegas. E se pensarmos em 100 títulos fundamentais da Literatura Portuguesa, podemos divergir quanto a 20 ou a 30 desses, mas 80 ou 70 são consensuais. E não é por causa desses 20 ou 30 que não vamos ter a coragem de dizer: esta é a minha Biblioteca Fundamental da Literatura Portuguesa!

P — Desta coleção já saíram do prelo Clepsidra e A Ilustre Casa de Ramires. Algum motivo especial para serem estes dois livros a inaugurar a coleção?

CR — Não, não houve nenhum plano. Eu, nesta altura, tenho entregues e a serem trabalhados cerca de 10 a 11 títulos e outros vão chegar. Nomeadamente a poesia da Marquesa de Alorna, Menina e Moça, Vinte Horas de Liteira, As Pupilas do Senhor Reitor e vários outros títulos que estão prontos e entregues e em condições de serem publicados.

(continua)

TPR

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