Urbano Tavares Rodrigues nasceu a 6 de dezembro de 1923 em Lisboa, porque na época era costume procurarem-se na capital os cuidados médicos que não era possível encontrar no Baixo Alentejo, onde cresceu e que marcou indelevelmente a sua vida e a sua obra. Era filho de grandes proprietários agrícolas da região alentejana de Moura.
Volta a Lisboa para estudar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e é nesta universidade que inicia a sua carreira académica.
Lecionou em França, entre 1949 e 1955, nas universidades de Montpelier, Aix e Paris. Proibido de ensinar em Portugal, por ter apoiado a campanha de Humberto Delgado, torna-se jornalista.
Urbano Tavares Rodrigues foi um oposicionista ativo ao Estado Novo, participando em diversas atividades de luta, nomeadamente na Revolta da Sé (1959) e no assalto ao Quartel de Beja (1962).
Em 1963 torna-se um dos prisioneiros do Aljube, e viria a ser preso outras vezes.
Exilado em França, conheceu muitos intelectuais da década de 1950, que o influenciaram.
De regresso a Portugal após a revolução de 1974, foi professor na Faculdade de Letras, crítico literário, e manteve sempre a sua ligação ao Partido Comunista Português.
Urbano Tavares Rodrigues começou a escrever muito cedo, ainda em terras alentejanas.
Ficcionista, ensaísta, crítico literário e investigador, Urbano Tavares Rodrigues foi um dos mais prolíferos escritores da sua geração.
Autor de obras como Os Insubmissos, Bastardos do Sol ou A Estação Dourada, foram muitos os prémios literários que distinguiram a sua obra: prémios Ricardo Malheiros, Aquilino Ribeiro e Fernando Namora; Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários; Prémio da Imprensa Cultural; Prémio Vida Literária — atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores; Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco.
Com a Imprensa Nacional, entre outros, publicou As Torres Milenárias, A Natureza do Acto Criador, O Mito de D. Juan e outros Ensaios de Escreviver e O Texto Sobre o Texto.
Em 1994 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e a 6 de junho de 2008 com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. Recebeu também a Legião de Honra.
Faleceu, em Lisboa, a 9 de agosto de 2013, aos 89 anos.