Alberto da Costa e Silva foi diplomata e depois embaixador do Brasil em Portugal (1960‑1963 e 1986-1990). Serviu nos continentes africano, europeu e americano, e é um dos mais reconhecidos intelectuais brasileiros, com créditos firmados como poeta, ensaísta, memorialista, cronista e historiador.
Nasceu em maio de 1931 em São Paulo, viveu em Fortaleza dos 3 aos 14 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1943, e, em 1957, forma-se no Instituto Rio Branco em Brasília, a escola para diplomatas. Em 27 de julho de 2000 é eleito membro da Academia Brasileira de Letras e, em 2002, torna-se Presidente da instituição, até 2003.
Como historiador e africanólogo é uma autoridade a nível mundial, para quem a cultura africana é um alicerce da cultura brasileira, que também se reflete no modo de vida africano.
As suas obras, como A Enxada e a Lança: a África antes dos Portugueses; A Manilha e o Libambo: a África e a Escravidão, de 1500 a 1700, e Um Rio Chamado Atlântico: a África no Brasil e o Brasil na África, revelam o estilo narrativo colorido e claro do poeta.
Alberto da Costa e Silva escreveu também dois livros para jovens sobre a África. Os seus escritos memorialísticos são igualmente, e sobretudo, pedaços da história e vivência dos locais por onde passou, como diplomata e como viajante.
Em 2018, a coleção «Olhares» da Imprensa Nacional publicou o seu título Ficções da Memória.