Tudo o que eu quero — Artistas portuguesas de 1900 a 2020 é o catálogo da exposição homónima que arranca hoje na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e que destaca o trabalho de 40 artistas mulheres, de gerações e percursos distintos, reunindo cerca de duas centenas de obras de pintura, escultura, desenho, objeto, livro, instalação, filme e vídeo, desde o início do século XX até aos nossos dias.
Proficuamente ilustrado e com textos de vários especialistas nas obras das artistas expostas, o catálogo conta também com um ensaio introdutório de Bruno Marchand e de Helena de Freitas, os curadores da exposição.
Além de perpetuar a mostra, que inclui nomes como Aurélia de Sousa, Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro, Paula Rego, Ana Vieira, Salette Tavares, Helena Almeida, Joana Vasconcelos, Maria José Oliveira, Fernanda Fragateiro, Sónia Almeida e Grada Kilomba, entre muitas outras, esta edição dá particular atenção a aspetos mais reservados e mesmo inéditos da vida e da obra das artistas.
Tudo o que eu quero — Artistas portuguesas de 1900 a 2020 (título inspirado por uma das figuras mais notáveis no campo da reimaginação do lugar das mulheres no espaço social, intelectual, sexual e amoroso dos últimos séculos: Lou Andreas-Salomé) está disponível em duas versões bilingues: uma em português/francês e outra em português/inglês.
A coordenação editorial é de Clara Vilar e o design de José Albergaria, do atelier Change is Good. A edição é da Imprensa Nacional em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian e a Direção-Geral do Património Cultural.
Tudo o que eu quero — Artistas portuguesas de 1900 a 2020 é uma iniciativa do Ministério da Cultura com produção executiva da Fundação Gulbenkian, incluída no Programa Cultural da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.
Inicialmente programada para inaugurar a 25 de fevereiro em Bruxelas, no Palácio de Belas-Artes (Bozar), foi deslocada para Lisboa depois de um incêndio no início do ano ter inviabilizado a sua apresentação nesse espaço, onde permanecerá até ao dia 23 de agosto de 2021.
Em 2022, a exposição será apresentada no Centre de Création Contemporaine Olivier Debré, em Tours, integrada no programa geral da Temporada Cruzada Portugal-França.