“(…) Logo que fui nomeado para o lugar de Administrador da Imprensa Nacional tratei de me mudar para o mais próximo local dessa Casa, visto que de pronto não era possível tomar a habitação em que residia o meu infeliz irmão, e meu antecessor, e dei imediatamente este passo por conhecer que o meu novo emprego assim o exigia. Era pois a minha intenção, quando chegasse a oportunidade de fazes neste edifício alguns arranjos para acomodação da minha própria família, e da numerosa que pertencera ao meu irmão, hoje inteiramente a meu cargo, pedir a V. Ex.ª que se dignasse de ordenar que um partido das obras públicas fosse encarregado daqueles trabalhos. Pedi efectivamente a V. Ex.ª que assim o determinasse; porém respondendo-me V. Ex.ª que por esse meio não era possível, mas que me autorizaria sendo necessário para que eu mandasse proceder às obras indispensávies por conta do Cofre da Imprensa Nacional, é por isso que respeitosamente solicito de V. Ex.ª a competente autorização para este fim.
Ainda que eu considero de pequena monta esta despesa, com tudo como é extraordinária e fora das minhas atribuições, recorro a V. Ex.ª para me dar oficialmente o poder de que careço. (…) Lisboa etc. 24 de Fevereiro de 1845. = Ill.mo e Ex.mo Snr. António Bernardo da Costa Cabral. = O Administrador Geral Firmo Augusto Pereira Marecos.” (pp. 102-103)