Detalhes de documento

  • Arquivo
    INCM/Arquivo Histórico da Imprensa Nacional
  • Cota
    Docs. Do Gab. do Adm. Bebiano (1929-1955), cx. 1
  • Tipo de documento
    Informação (cópia)
  • De:
    Administrador da Imprensa Nacional, Gomes Bebiano
  • Para:
Transcrição

«Recebi em 12 do corrente o despacho do Ex.º Presidente do Conselho, lançado na exposição do Instituto Nacional de Estatística e no que se chama a atenção desta Imprensa por estar a executar alguns trabalhos da Academia das Ciências de Lisboa, que a obrigou a não poder tomar o compromisso de entrega, para data fixada, do 1.º vol. da Estatística Comercial do ano 1939.
Cumprindo o determinado no referido despacho vou prestar as informações necessárias, referindo-me em primeiro lugar às

Obras da Academia das Ciências de Lisboa
Em julho de 1938 a Academia das Ciências de Lisboa, por intermédio do Ministério da Educação Nacional, solicitou do Ex.º Ministro do Interior autorização para serem executadas, por sua conta, na Imprensa Nacional algumas obras que fazem parte do programa de trabalhos que deseja apresentar por ocasião da comemoração dos Centenários.
São as seguintes as obras mencionadas:
1.ª – Dicionário Etimológico e histórico da língua portuguesa (primeiras 24 de folhas, constituindo um volume de cerca de 400 páginas);
2.ª – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (completo);
3.ª – Gramática da Língua Portuguesa, que será o código universal da língua e um cânone linguístico de rigorosa e completa informação;
4.ª – Edição crítica das obras de Pedro Nunes (1.º vol. constituído pelo «Tratado da Esfera», e, porventura, o 2.º vol);
5.ª – Bibliografia Portuguesa (inventário bibliográfico geral da Nação).

Estudados devidamente estes trabalhos verificou-se a impossibilidade de serem feitos na indústria particular pelas razões seguintes:
Os cuidados especiais que tais obras requerem na sua parte tipográfica (composição, revisão e impressão);
Falta de material, quer em qualidade, quer em quantidade, pois pela sua natureza, muito especialmente as duas primeiras, só podem ser impressas depois de terminada toda a sua composição;
Não ser provável existir nas oficinas particulares o tipo necessário para a composição do «Vocabulário», que deve orçar por doze toneladas, visto a obra contar cerca de duas mil páginas, pesando aproximadamente cada página seis quilogramas;
Emprego nas duas últimas obras citadas de carateres especiais, cujos punções tiveram de ser feitos na nossa oficina de gravura e o tipo correspondente fundido na nossa oficina privativa;
Terem sido considerados de caráter reservado os três primeiros trabalhos já indicados.
E, assim foi prestada a seguinte informação no documento da Academia das Ciências de Lisboa:
«Estou plenamente de acordo em que devem ser executadas tipograficamente na Imprensa Nacional as obras com que a Academia das Ciências de Lisboa pretende comemorar o duplo centenário da fundação e restauração da nacionalidade.
A importância dos trabalhos de que se trata e o facto de se integrarem na patriótica celebração que se vai levar a efeito obrigam a cuidados muito especiais na sua parte tipográfica, pelo que só à Imprensa Nacional devem ser confiados, visto na indústria particular faltarem condições técnicas para tomar conta de obras de tal monta.
Para que os trabalhos se façam neste estabelecimento é porém necessário que o Ex.º Ministro do Interior assim o autorize, nos termos do decreto n.º 24 437, de 29 de agosto de 1934.
O Administrador
(a) António Gomes Bebiano»

Em 19 de setembro do mesmo ano a Direção Geral de Administração Política e Civil comunicou a esta Imprensa que o Ex.º Ministro do Interior tinha autorizado a execução destes trabalhos tendo alguns sido iniciados nessa data. Em fevereiro de 1939 foi recebido neste Estabelecimento o ofício da Academia das Ciências de Lisboa que a seguir se transcreve, em que se repete – por já ter sido feita verbalmente a recomendação – que as obras comemorativas do Duplo Centenário têm todas, especialmente as duas primeiras, caráter muito reservado:
Academia das Ciências de Lisboa / Secretaria / Ofício n.º 77/39 / Lisboa, 10 de fevereiro de 1939
[…]
Sem outras razões que não seja a de espírito de previdência, foi lembrado pelos Ex.ºs Académicos Diretores das Publicações comemorativas do Duplo Centenário – Gramática, Vocabulário, Bibliografia – que se manifestasse a V. Ex.ª o caráter reservado da matéria dessas publicações. Há, em todas elas, especialmente no Vocabulário e no Dicionário muito ineditismo científico, trabalho original da Academia que seria lamentável que fosse violado antes do aparecimento da obra.
Isso torna ainda mais fechado o caráter reservado que tem toda a matéria antes de publicada; permito-me por isto, pedir a V. Ex.ª a fineza de recomendar aos diretores das oficinas onde estão ou venham a realizar-se estes trabalhos académicos o mais rigoroso segredo profissional, não consentindo mesmo – e vigiando pelo rigor dessa ordem que os tipógrafos levem folhas impressas ou provas de composição.
Agradeço as providências que V. Ex.ª com a meticulosidade que é seu timbre, não deixará de dar neste sentido e apresento-lhe os protestos da minha muita consideração.
[…] o Secretário geral (a) Joaquim Leitão

Em outubro do mesmo ano remeteu a Academia das Ciências de Lisboa à Imprensa Nacional o seguinte ofício:
[…]
Dado o grande volume editorial das publicações comemorativas do Duplo Centenário e a imprescindível necessidade de serem concluídas no próximo ano, e certo que à Academia – cujas receitas próprias revertem integralmente para os cofres do Estado – apenas interessa o aspeto científico das suas obras, tenho a honra de pedir a V.Ex.ª a fineza de dizer-me se a Imprensa Nacional quereria tomar as edições destas cinco obras: o Dicionário da Língua Portuguesa; o Vocabulário; a Gramática; a Bibliografia Geral Portuguesa e a Edição Crítica das obras de Pedro Nunes.
Para a Academia é sempre muito honroso – e tradição da casa – serem as suas obras de grande tomo editadas pela Imprensa Nacional.
Para a Imprensa Nacional será sempre uma operação vantajosa pois não tem a suportar direitos de autor e inclui no seu catálogo publicações originais de alto valor e significado nacional como essas cinco obras são.
A Academia contentar-se-ia com um restrito número de exemplares, a fixar, exclusivamente para ofertas à Imprensa diária, a Académicos e a algumas entidades nacionais e estrangeiras, e reservar-se-ia o direito de, em futuras edições, introduzir as alterações ou aditamentos que possam surgir para beneficiação dos textos.
Como em caso de aceitação teríamos de retificar a nossa proposta orçamental, penhorar-me-ia muito V. Ex.ª se desse com urgência a sua resposta. Logo que a receba, submeterei o assunto ao Conselho Administrativo da Academia para definitiva resolução.
[…]
Este documento acompanhado da informação que se transcreve foi enviado à Direção Geral de Administração Política e Civil, para despacho do Ex.º Ministro do Interior:
«Informando-o tenho a honra de expor que o decreto n.º 24 4237, de 29 de agosto de 1934, manda confiar privativamente à Imprensa Nacional os trabalhos oficiais de natureza confidencial e que a Academia das Ciências de Lisboa atribui esse caráter, se não a todas, pelo menos a algumas das publicações indicadas. Além disso o mesmo decreto manda entregar à Imprensa Nacional os trabalhos que pelas suas condições técnicas não tenham facilidade de ser executados na indústria particular e tal é o caso presente, visto o aspeto gráfico dessas publicações dever estar em harmonia com o seu alto valor científico e literário.
Sob o ponto de vista financeiro as obras enunciadas deverão ter enorme venda por se tornarem os códigos da nossa língua e passarem a ser livros de consulta obrigatória para professores e alunos das escolas do País.
Em resumo: parece-me que a Imprensa Nacional deve aceder aos desejos manifestados pela Academia das Ciências e tomar a seu cargo a execução tipográfica das obras enunciadas, pelo que rogo a V. Ex.ª se digne expor o assunto a Sua Excelência o Ministro a fim de por seu despacho determinar o que tiver por conveniente.»
[…]No dia 11 do referido mês foi este estabelecimento informado, por ofício da Direção Geral de Administração Política e Civil, que o Ex.º Ministro do Interior, por despacho da mesma data, autorizava esta Imprensa a tomar a execução tipográfica das cinco obras já citadas. Por motivos alheios à Imprensa Nacional só em princípios de janeiro deste anos começaram a tomar maior desenvolvimento alguns dos trabalhos da Academia das Ciências de Lisboa e sempre com a recomendação de se conseguir o seu acabamento para a data das comemorações centenárias.

Trabalhos do Instituto Nacional de Estatística
Em 25 de março próximo passado foi recebido nesta Imprensa o ofício do Instituto Nacional de Estatística, n.º 1 741, do teor seguinte:
[…]
Conforme havia comunicado a V. Ex.ª, remeto conjuntamente a parte do original relativo ao 1.º vol. da Estatística Comercial, referente ao ano de 1939, importação, a fim de se proceder, no estabelecimento onde V. Ex.ª é digno Administrador, aos respetivos trabalhos gráficos.
Como V. Ex.ª bem compreende o aparecimento e distribuição a público de tal trabalho não deve ir além do 1.º semestre do corrente ano e por isso espero que V. Ex.ª, sem prejuízo dos trabalhos em curso, providenciará por forma a dar satisfação a este princípio.
Com a remessa do original para execução dos respetivos trabalhos gráficos, fica este Instituto privado dos elementos que constantemente lhe são solicitados, quer por organismos oficiais, quer por entidades particulares e que na maioria dos casos têm de ser satisfeitos com urgência, não podendo também por este motivo não estar na posse ou do original ou das respetivas provas, facto que julgo de interesse comunicar para, no caso de V. Ex.ª julgar não ser este o momento oportuno para a execução imediata de tais trabalhos, podermos providenciar de forma a poder dispor sempre, rapidamente, dos elementos informativos.
Aproveito o ensejo para comunicar a V. Ex.ª que para maior celeridade de execução dos trabalhos relativos ao 2.º vol. da Estatística Comercial, referente ao ano de 1938, deixamos de inserir neste volume a parte que se refere a reexportação por países.
[…] 19 de março de 1940 O Diretor (a) Tovar de Lemos»

a que foi respondido, pelo ofício desta Imprensa, n.º 250, da mesma data, o que se transcreve:
Administração da Imprensa Nacional, de 25 de março de 1940 / Ofício n.º 250
[…]
Em resposta ao ofício n.º 1 741, de 19 do corrente, acompanhou a parte do original relativo ao 1.º vol. da Estatística Comercial, referente a 1939 (Importação), informo V. Ex.ª ser presentemente impossível a esta Imprensa iniciar mais trabalhos com prazos fixados, em virtude de outros que lhe estão confiados, muito especialmente as obras da Academia das Ciências, para comemoração do Duplo Centenário – como sejam o Dicionário […etc.] – e ter de concluir as estatísticas em curso pertencentes a esse Instituto.
No caso de V. Ex.ª solicitar às casas da especialidade orçamentos para a manufatura da Estatística Comercial, esta Imprensa não demorará a apreciação dos mesmos quando tenha de a fazer, em conformidade do despacho de S. Ex.ª o Subsecretário de Estado das Finanças, […].
Outra informação não foi prestada por se julgar desnecessária, pois o Ex.º Diretor do Instituto deixava a esta Imprensa a faculdade de não executar o trabalho na presente ocasião.
Este estabelecimento, porém, atendendo a que qualquer demora que pudesse haver nos trabalhos que estivesse executando fosse além do que estava calculado, prejudicando assim a publicação, referente ao ano de 1939, prontificou-se a dar a sua opinião rapidamente, caso fossem solicitados orçamentos à indústria particular. Outra razão não foi citada, muito embora a forma como são apresentados os originais deem [sic] lugar a demoras na impressão dos trabalhos estatísticos, muito especialmente a Estatística Comercial, obrigando a não poderem ser cumpridos os compromissos tomados, quanto a prazos de entregas. Os inconvenientes que neles se encontram são do conhecimento do Ex.º Diretor do Instituto, como pela transcrição dos períodos dos seguintes ofícios se pode verificar:
(Ofício n.º 415, de 23 de junho de 1939, da Imprensa Nacional de Lisboa)
«Como V. Ex.ª diz em seu ofício que, para modificar os originais, se prontificar a dar as indicações necessárias, desde que saiba quais elas são, incluso remeto uma parte do original da Estatística Comercial para V. Ex.ª verificar como ele vem em condições de facilitar a manufatura do trabalho, dando até lugar a que nas provas sejam feitas bastantes alterações. Muito conveniente seria que a Repartição remetesse o original devidamente organizado, com todas as somas feitas e não como costuma vir.»
(Ofício n.º 1 192, de 4 de julho de 1939, do Instituto Nacional de Estatística)
«Estudei com o maior cuidado a proposta de V. Ex.ª quanto à modificação na apresentação do original da reexportação e do trânsito e ouvi, a esse respeito, a exposição dos inconvenientes da prática atual que me foi feita pelo Senhor Rafael Garcia, chefe da secção de composição.
Reconhecendo em absoluto esses inconvenientes, não deixei porém de considerar dois factos:
1 – a necessidade de ser publicada, no 2.º volume, essa mesma reexportação mais duas vezes, sendo uma vez por países de origem e outra por países de consumo:
2 – o trabalho suplementar que representaria para os serviços do Instituto a cópia, em triplicado, desse original, utilizando para esse fim o impresso apresentado pelo senhor Garcia.
Nessas condições proponho a solução seguinte: a partir deste ano, a reexportação será publicada com a disposição representada no anexo n.º1.
Dessa forma já o tipógrafo pode compor o original pela sequência das suas colunas.
Excecionalmente, ainda este ano, haveria uma coluna no original, fora da sua ordem: a n.º 3, pois todas as outras são seguidas. No caso de V. Ex.ª assim o entender, ainda a designação dos países, contida nessa coluna poderia ser transcrita a seguir à coluna 2, ou em qualquer outro espaço que indicar. Receio, no entanto, que daí alguma confusão possa advir.

(Ofício da Imprensa Nacional de Lisboa, de 11 de julho de 1939)
«Pela leitura deste ofício fica justificada a dificuldade e morosidade que se tem sentido na execução da estatística comercial – 1938, cujo original começou a ser concebido em março deste ano. Diz o Ex.º Diretor do Instituo Nacional de Estatística que a alteração proposta no original da Imprensa Nacional representaria para os serviços do Instituto uma cópia em triplicado, isto é, muito mais trabalho. Propõe Sua Ex.ª um original elaborado de maneira diferente e mais acessível ao trabalho do compositor. De facto, assim é. O trabalho apresenta menos dificuldades, não deixando porém pelo seu tamanho de ser pouco manuseável para o compositor.»

(Ofício n.º 211, de 8 de março de 1940, da Imprensa Nacional de Lisboa)
Pelo que acabo de expor não podem as estatísticas estar mais adiantadas. O original não vindo nas condições, tendo de se sujeitar a profundas alterações e emendas depois do trabalho contado, composto, etc., como sucedeu agora com o “Anuário Estatístico”, “Estatística Comercial”, etc., ocasiona, como é natural grandes demoras.
Para melhor elucidação remeto uma parte do original da Estatística Comercial “Reexportação” a fim de V. Ex.ª poder avaliar o trabalho que muitas vezes se torna necessário fazer para que os compositores possam executar as páginas, visto ser totalmente impossível realizar trabalho com originais nessas condições.
Para obviar às faltas notadas por V. Ex.ª tornando-se necessárias providências no sentido de que os originais deem aqui entrada de forma a que as provas da sua primitiva composição, feita em conformidade do trabalho recebido, não possam servir de novo original como tantas vezes sucede.
Se confrontarmos a primeira composição com as páginas depois de impressas, notam-se em algumas estatísticas profundas alterações, o que justifica, na maioria dos casos, o atraso que se tem dado nos diversos trabalhos.
Só tomadas as providências a que me refiro, este estabelecimento poderá satisfazer mais rapidamente as necessidades do Instituto que V. Exa. tão proficientemente dirige.
Devo contudo informar que algumas alterações já foram feitas melhorando os originais, mas ainda não suficientes para um mais rápido andamento destes trabalhos, considerados graficamente especiais e como tal sempre morosos.
Tive ocasião de tratar pessoalmente este assunto com o Ex.º Diretor do Instituto Nacional de Estatística, propondo a remessa de páginas impressas, só com colunas e pautado, que preenchidas naquele departamento do Estado constituiriam os originais. (junta-se uma prova).
Esta solução dava lugar a uma mais rápida execução do trabalho evitando muitas emendas e tornando assim a mão de obra mais barata. Pode ser alegado que o original feito nestas condições obrigue a mais trabalho no Instituto, mas simplificaria a parte mais difícil que consiste na contagem do original feita pelo chefe tipográfico e a sua execução pelos compositores. Para melhor se poder avaliar das dificuldades destes trabalhos junto se envia uma parte do original da Estatística comercial já publicada e a página correspondente depois de composta. As indicações apontadas mostram a dificuldade na execução destes trabalhos.
Repito que os originais sofreram algumas modificações que, não sendo ainda as necessárias, facilitam mais a composição tipográfica. Os originais feitos como até esta data obrigam a só poderem tomar conta deles compositores especializados em trabalhos de tabelas e que estejam perfeitamente integrados na maneira de executar tais originais, não sendo fácil a sua substituição quando algum desses compositores não possa comparecer ao serviço.
Modificados os originais do 1.º vol. da Estatística Comercial, referente ao ano de 1939, adotando-se a forma que propus e dando aqui entrada seguidamente até ao fim do corrente mês deve a Imprensa Nacional concluir este trabalho em fins de julho, aproximadamente, para o que empregaria o maior número de compositores para a sua execução.

Resumo
Os trabalhos da Academia das Ciências de Lisboa, estão a ser executados na Imprensa Nacional por despachos de S. Ex.ª o Ministro do Interior, de 19 de setembro de 1938 e 11 de outubro de 1939.
A informação dada ao Instituto Nacional de Estatística acerca da impressão do 1.º vol. da Estatística Comercial, referente ao ano de 1939, julgo estar em harmonia com a pergunta feita a este estabelecimento pela referida Repartição.
Aceite a modificação dos originais, conforme é proposta, o 1.º vol. da Estatística Comercial, referente ao ano de 1939, deverá ser entre em fins de julho, aproximadamente.
Cumpre-me por último assegurar a V. Ex.ª que dentro das possibilidades deste estabelecimento foram sempre tomadas providências para serem executados, com a possível urgência, os trabalhos do Instituto Nacional de Estatística.

Administração da Imprensa Nacional de Lisboa, 16 de abril de 1940.»