Ficha
«Organismos meramente estatais até princípios da década de 70, a Imprensa Nacional e a Casa da Moeda foram, até essa altura, instituições independentes, vindo a ser fundidas numa empresa pública por decisão governamental, consignada em decreto-lei de 4 de julho de 1972.
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Tendo passado, ao longo dos anos, por vicissitudes de ordem vária, a Imprensa Nacional atravessa, presentemente, uma fase de importante redimensionamento e renovação, em termos de futuro, que não é alheia a circunstância da próxima entrada de Portugal na CEE.
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Essa dinamização, que já está em curso e começa a dar os seus frutos, é a resultante do esforço combinado de todos os trabalhadores da empresa.
A propósito, refira-se que o somatório das vendas efetuadas em 1980 aumentou em mais de 56 por cento em relação ao ano anterior.
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Atividade da INCM
As publicações da Imprensa Nacional-Casa da Moeda satisfazem as necessidades de todo o País e do Rio de Janeiro, através das suas sete livrarias: quatro em Lisboa, uma em Coimbra, outra no Porto e uma outra na antiga capital brasileira — a ‘Livraria Camões’.
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Para além do ‘Diário da República’, aquele organismo edita todas as publicações necessárias à vida administrativa do País: obras de índole cultural, até por força do próprio estatuto, e ainda publicações oficiais, papel selado, letras, valores selados, selos ficais e do correio, dísticos de automóveis, medalhas, etc. […]
A linha editorial da IN-CM está fundamentalmente voltada para a cultura, nomeadamente histórica, literária e jurídica. […]
Maquinaria e biblioteca
No velho edifício da Rua da Escola Politécnica está concentrada a maior parte da maquinaria da empresa ligada à impressão. Ali se fazem o ‘Diário da República’ e muitas outras publicações. […]
No referido prédio funciona uma valiosa e antiga biblioteca, que se encontra em fase de reestruturação. E embora as instalações sejam também insuficientes para as exigências atuais de uma boa sala de leitura e atendimento do público ledor, o seu recheio cultural é precioso. Apenas se lamenta que continue praticamente desconhecido, sobretudo por parte daquela camada de público que mais dela necessita — os estudantes.
A Imprensa Nacional é a única no País, a manter em funcionamento uma escola de artes gráficas especializada na composição em carateres gregos, árabes e outros. […]»