In Diário Digital, 25 junho 2015
Ana de Castro Osório – A Mulher Que Votou na Literatura, texto de Carla Maia de Almeida e ilustração de Marta Monteiro, Aristides de Sousa Mendes – Um Homem de Coragem, texto de José Jorge Letria e ilustração de Alex Gozblau, Azeredo Perdigão – Um Encontro Feliz, texto de António Torrado e ilustração de Susa Monteiro, e Alfredo Keil – A Pátria Acima de Tudo, texto de José Fanha e ilustração de Susana Carvalhinhos, são as novidades da coleção ‘Grandes Vidas Portuguesas’, dedicada às vidas de personalidades que se destacaram, em vários domínios, na História de Portugal. Edição da Pato Lógica, em parceria com a Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
Ana de Castro Osório – A Mulher Que Votou na Literatura, texto de Carla Maia de Almeida e ilustração de Marta Monteiro
«É verdade que as mulheres conseguem fazer muitas e diferentes coisas ao mesmo tempo. Também é verdade que há cem anos, ninguém perdia tempo a fazer ‘gosto’ no Facebook, nem a jogar horas com o telemóvel, nem a escolher entre 50 marcas diferentes de cereais para o pequeno-almoço. Ana de Castro Osório teve a sorte e a liberdade de poder usar o seu tempo para pensar, escrever e ser útil à sociedade. Afinal, era aquilo que mais gostava de fazer. Se tivesse vivido nos dias de hoje chamar-lhe-iam ‘supermulher’? Teria sido diagnosticada, ao princípio, como uma ‘criança hiperativa’?»
Aristides de Sousa Mendes – Um Homem de Coragem, texto de José Jorge Letria e ilustração de Alex Gozblau
«Nessas horas terríveis, que são sempre aquelas em que se descobre a matéria moral de que são feitos os verdadeiros heróis e os seres humanos em geral, o cônsul escreveu,
para que mais tarde outros pudessem compreender o seu gesto e a coragem do seu ato: ‘Tudo está agora nas minhas mãos, para salvar os muitos milhares de pessoas que vieram de todos os lados da Europa na esperança de encontrar refúgio em Portugal. Todos eles são seres humanos, e o seu estatudo na vida, religião ou cor são totalmente irrelevantes para mim (…)’»
Azeredo Perdigão – Um Encontro Feliz, texto de António Torrado e ilustração de Susa Monteiro
«Neste livro vai falar-se de um advogado português, Dr. José Henrique de Azeredo Perdigão, que teve a oportunidade de cruzar-se com um milionário arménio, com quem estabeleceu laços de amizade perduráveis. Desse feliz encontro resultou a criação de uma grande Fundação, sediada em Lisboa, dedicada ao apoio das Artes, das Ciências, da Educação. […] As biografias são lembretes, estímulos para a memória. Vai-se o homem, fica a obra. Ainda estremecemos só de imaginar que estes dois homens, por azares do destino, podiam nunca ter chegado a encontrar-se. Por isso estamos gratos às estrelas propícias que lhes iluminaram os passos pelos trilhos da vida.»
Alfredo Keil – A Pátria Acima de Tudo, texto de José Fanha e ilustração de Susana Carvalhinhos
«Muitas vezes as obras artísticas escapam da mão do seu autor no momento em que ele as entrega ao público e seguem caminhos próprios e, por vezes, inesperados. A Portuguesa apareceu logo a seguir ao Ultimatum num espectáculo do Teatro dos Condes e logo aí o público saiu para a rua a cantá-la e a marcha popularizou-se e espalhou-se como fogo na palha.
A popularidade deste hino tornou-se tal que a sua letra e até a sua partitura apareceram reproduzidas em rótulos de latas de bolachas e de sardinhas, em invólucros de
sabonetes, caixas de charutos e outras embalagens comerciais.»
Originalmente publicado aqui.