O Essencial sobre os Portugueses no Sistema Concentracionário do III Reich , de Fernando Rosas (coordenação), Ansgar Schaefer, António Carvalho, Cláudia Ninhos e Cristina Clímaco, O Essencial sobre Aristides de Sousa Mendes, de Cláudia Ninhos e O Essencial sobre os Salvadores Portugueses, de Margarida de Magalhães Ramalho, são os mais recentes títulos da coleção «O Essencial sobre…» da Imprensa Nacional e são também uma pequena grande homenagem a figuras que bem a merecem. Estas três edições integram o Plano editorial da Imprensa Nacional de 2021 e resultam de uma parceria com o programa «Nunca Esquecer – Programa Nacional em torno da Memória do Holocausto», instituído em junho de 2020, pela Resolução n.º 51/2020 da Presidência do Conselho de Ministros.
Os três títulos estão já disponíveis, em formato digital, para leitura e descarga gratuitas.
O Essencial sobre os Portugueses no Sistema Concentracionário do III Reich. (Clique aqui para ler)
Fernando Rosas (coordenação), Ansgar Schaefer, António Carvalho, Cláudia Ninhos e Cristina Clímaco
Durante a II Guerra Mundial, apesar de Portugal ter permanecido neutro, os portugueses não ficaram incólumes às suas dramáticas consequências. Várias centenas foram deportados para os campos de concentração ou para as prisões do regime nacional-socialista; internados em campos de prisioneiros de guerra ou forçados a trabalhar para os alemães, quer no interior do Reich, quer nos territórios ocupados. Deportados, sobretudo a partir de França, a história de vida de cada um destes portugueses reflete uma multiplicidade de percursos no sistema concentracionário do III Reich. A sua memória permaneceu esquecida até ter sido recentemente resgatada pela investigação realizada em arquivos portugueses, franceses e alemães. Neste livro, devidamente contextualizadas, são dadas a conhecer breves biografias de alguns dos homens e mulheres identificados pela equipa.
O Essencial sobre Aristides de Sousa Mendes (Clique aqui para ler)
Cláudia Ninhos
Aristides de Sousa Mendes era o cônsul de Portugal na cidade francesa de Bordéus quando em 1940 a Alemanha invadiu e ocupou diversos países da Europa Ocidental. À medida que o exército alemão penetrava no território francês, milhares de refugiados lançaram-se às estradas, numa tentativa desesperada de abandonar uma Europa em guerra. Esbarraram, no entanto, em políticas de concessão de vistos extremamente restritivas. Desafiando as diretrizes impostas pelo governo português, Aristides concedeu ilegalmente milhares de vistos. Aquando do processo disciplinar de que foi alvo, argumentou em sua defesa não poder «fazer diferenças de nacionalidades, visto obedecer a razões de humanidade que não distinguem raças nem nacionalidades». Foi condenado a um ano de inatividade e de seguida aposentado. A sua reabilitação e reconhecimento foi um processo lento e difícil, só concluído na década de 1980.
O Essencial sobre os Salvadores Portugueses (Clique aqui para ler)
Margarida de Magalhães Ramalho
A II Guerra Mundial corresponde a um dos períodos mais negros da História recente. A política de extermínio não só do povo judeu mas também de ciganos e eslavos levada a cabo pela Alemanha nazi veio demonstrar que países, até aí, tidos como civilizados podiam, por contingências da História, deixar vir ao de cima o que de pior existe no ser humano. Entre todo este horror, porém, houve gente que não ficou neutra. No caso português, e excluindo exemplos pontuais ainda não estudados, três diplomatas, Aristides de Sousa Mendes, Carlos Sampaio Garrido e Carlos Teixeira Branquinho, como também o padre Joaquim Carreira e José Brito Mendes, tiveram a coragem de não ficar indiferentes. Diz o Talmude, um dos livros sagrados judaicos, que quem salva uma vida salva o universo. E foi o que todos eles fizeram.
A Imprensa Nacional continua assim a contribuir para que títulos e temas fundamentais da cultura nacional e universal continuem a chegar a um maior número de leitores.