O cabo-verdiano Olavo Delgado Correia é o grande vencedor da 1.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França, atribuído em conjunto pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda e pela Imprensa Nacional de Cabo Verde.
O júri, constituído pela editora Paula Mendes (Imprensa Nacional-Casa da Moeda), pelo jornalista e professor universitário Daniel Medina e pela escritora e jurista Vera Duarte, que o preside, decidiu atribuir o Prémio a Olavo Delgado Correia pela sua obra Beato Sabino, por ser:
[…] um trabalho inédito e de grande qualidade, com um enredo peculiar e uma linguagem clara e bem conseguida […].
Beato Sabino torna-se assim a primeira obra a conquistar o Prémio Literário Arnaldo França. Um prémio que tem por objetivo incentivar o talento literário em Cabo Verde e também homenagear Arnaldo França (1925-2015), poeta, ensaísta, académico, crítico, estudioso, estadista e historiador da literatura cabo-verdiana.
O júri decidiu ainda atribuir uma menção honrosa à obra O Sonho de Ícaro, de Onestaldo Ferreira Fontes, que concorreu com o pseudónimo Ivan Faruk, pela:
[… ] originalidade com que trata os temas da emigração e da traição e pela mestria na condução escrita do romance […]
Além dos 5 mil euros do valor pecuniário do prémio, Olavo Delgado Correia vai ver o seu livro publicado em Portugal e em Cabo Verde pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda e Imprensa Nacional de Cabo Verde, respetivamente, que vão acolher também a menção honrosa do Prémio: O Sonho de Ícaro.
Para já sabe-se que Olavo Delgado Correia, que concorreu a este prémio com o pseudónimo Neto Rocha Dias, nasceu em 1967 e é natural da cidade da Praia, na ilha de Santiago, Cabo Verde.
O anúncio dos vencedores decorreu na passada sexta-feira durante a sessão de boas-vindas da Morabeza – Festa do Livro de Cabo Verde. «É uma felicidade que o Prémio Literário Arnaldo França se inicie no ano em que a Imprensa Nacional de Portugal comemora 250 anos de atividade contínua. Não imagino lugar melhor para apresentar este prémio que a Morabeza, uma maravilhosa festa literária», referiu Duarte Azinheira, diretor editorial da Imprensa Nacional-Casa da Moeda.