Ficha
«O dia de hoje foi de festa na Imprensa Nacional. O seu diretor, nosso prezado amigo e camarada Luís Derouet, pode orgulhar-se do sucesso alcançado pelas suas iniciativas. A Imprensa Nacional é hoje um estabelecimento que honra o Estado e que honra o país. Um estabelecimento que honra as pessoas que ali dedicadamente trabalham e que honra a pessoa que na sua direção tem desenvolvido invulgares qualidades de inteligência e de trato administrativo.
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A inauguração das máquinas
Cerca das onze e meia chegou ao edifício da Imprensa o Chefe do Estado, que era aguardado pelo titular da pasta do Interior, pelo Sr. Luís Derouet e pelo pessoal superior do estabelecimento.
A primeira cerimónia a realizar, já anunciada de resto, era a da inauguração de oito máquinas, das mais modernas, distribuídas por duas salas, que também haviam sido completamente renovadas.
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Ao chegar junto da última das máquinas a inaugurar, o Sr. Luís Derouet proferiu um pequeno discurso, do qual reproduzimos as seguintes passagens:
‘Há precisamente um ano, quando Vossa Excelência, Senhor Presidente, nos concedeu a honra de pôr a funcionar, pela primeira vez, a grande máquina geradora de eletricidade, movida a óleos pesados, tive ocasião de afirmar que a Imprensa Nacional de Lisboa, a meio da transformação indispensável de quase todos os seus instrumentos de trabalho, não descansaria enquanto existisse um velho maquinismo a reclamar instantemente substituição, porque só assim havia o direito a exigir celeridade, economia de mão de obra e boa produção.’
E referindo-se aos progressos da oficina de fundição:
‘Na verdade, a oficina de fundição pode, sem favor, considerar-se, de hoje em diante, uma oficina-modelo; e, posto que de alguns melhoramentos ainda careça, as dez máquinas que foram adquiridas em 1927 permitem-nos já antever, a par de uma maior e necessária produção, um rápido ressurgimento na arte de fundir, base essencial de todo o progresso gráfico.’
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Na exposição de ‘ex-libris’
Depois de terminada esta cerimónia, as pessoas que a ela assistiram acompanharam o Chefe do Estado até à sala da Biblioteca da Imprensa, onde se ia inaugurar, solenemente, a primeira exposição de ‘ex-libris’.
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