“(…) Constando-me que algumas Repartições Públicas infringiram as ordens do Governo de Sua Magestade, mandando imprimir diferentes objectos a tipografias particulares, com grave lesão para a Imprensa Nacional, dirigi-me a V. E.ª em 19 de Novembro do ano próximo passado, para reclamar contra este abuso, pedindo por essa ocasião a repetição da Circular do Ministério do Reino de 3 de Dezembro de 1841 que ordena que os impressos para as Repartições Públicas sejam feitos unicamente nesta Casa. Soube pois que a conta da Junta de Crédito Público se estava imprimindo numa oficina particular, e oficiei imediatamente a V. E., em 19 de Dezembro último, classificando este procedimento de escandaloso e rogando a V. E. que o dignasse de deferir ao meu oficio de 19 de Novembro, sobre objecto semelhante. Infelizmente não tenho sido atendido e o mal continua; porque todos os dias sou informado de factos, que reclamam prontas providências. Peço pois a V. E., com a mesma instância que se digne de tomar em consideração as mesmas representações, fazendo repetir a citada Circular de 3 de Dezembro de 1841; pois do contrário seguir-se-á a ruína deste Estabelecimento, quase exclusivamente sustentado pela importância dos impressos para as Estações do Governo.

(…) em 26 de Junho de 1850.

Ill.mo e E.mo Sr. Conde de Tomar.
M. e Secretário de Estado dos Negócios do Reino.

O Administrador Geral
F. A. P. M.”

(documento 51 – numeração atribuída aos documentos resultam de contagem nossa. Não se encontram numerados)