“(…) Em consequência da 2ª via da Portaria de 11 de Novembro último (…) cumpre-me dizer a V. E. que é preciso que me sejam remetidos os modelos porque se devem fazer os mapas de Estatística Criminal, de que trata a dita Portaria, pois que, tendo-se feito nesta Casa muitos e diferentes mapas desta natureza, ignoro quais os que sejam agora necessários. Por esta ocasião lembro a V. E. que não tenho meios para comprar papel nem para as outras depesas indispensáveis para satisfazer aquela ordem, bem como outra que recebi para mandar litografar 800 bilhetes para a abertura das Cortes. Em iguais circunstâncias, tendo recebido uma Portaria do Ministério da Guerra para imprimir um Regulamento de Infantaria, cuja impressão importará em 500.000 rs, representei a este respeito e já recebi a quantia em que orcei a despesa do dito Regulamento. Peço perdão a V. E. pelas repetidas vezes que o tenho incomodado sobre as apuradas circuntâncias desta Casa; mas cumpre que eu alegue as razões que me devem salvar da responsabilidade que me poderia incumbir se assim o não fizesse.

(…) em 13 de Dezembro de 1847.

Ill.mo e E.mo Snr. António d’Azevedo Mello e Carvalho, M. e Sec. De Estado dos N. do Reino.

Administrador Geral

F.A.P.M.”

(documento 215)

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