Reunião entre a comissão de melhoramentos e o Diretor‑Geral.

  • Referência
    «O Sr. Diretor Geral recebeu a comissão de melhoramentos», A Imprensa. Boletim mensal da Associação de Classe do Pessoal da Imprensa Nacional, n.º 5, julho de 1915, 1.º ano, pp. 1-2.
Assunto

Reunião entre a comissão de melhoramentos e o Diretor-Geral, Luís Derouet, para discussão da situação financeira e regulamentos de serviços na Imprensa Nacional.

Ficha

«O Sr. Presidente da Assembleia Geral, Sr. Nunes Horta, oficiou ao Sr. Diretor Geral comunicando-lhe a constituição da Comissão de Melhoramentos. O Sr. Diretor Geral respondeu muito amavelmente, declarando os seus melhores desejos de se entender com a dita Comissão.
Alguns dias depois de nomeada foi a Comissão de Melhoramentos recebida pelo Sr. Diretor Geral.
Os representantes do Pessoal instaram com S. Ex.a para que fosse presente ao Congresso da República, depois de estudado, o plano de Regulamento que o pessoal elaborara cuidadosamente. O Sr. Luís Derouet declarou regozijar-se com o facto de ter visto nesse plano muito trabalho do regulamento atual, e acrescentou que, não tendo ainda analisado tudo, do que vira tirara boa impressão, porque de facto está de acordo com muita coisa que no projeto se consubstancia. Declarou mais que o Regulamento que vigora não é exatamente o que ele, Diretor Geral, fizera, visto que o falecido Sr. André Navarro, impedira que algumas disposições fossem estabelecidas. Ainda o Sr. Diretor Geral comunicou à Comissão não poder fazer promessas a propósito de aprovação do Regulamento, por isso previa que o deficit orçamental do Estado, cerca de 40 000 contos, impediria aumento de despesa proposta. A Comissão mostrou o pequeno aumento de despesa que traz o regulamento projetado, e instou para que S. Ex.a se interesse, o mais que lhe for possível, para que o trabalho da coletividade mereça a atenção do Congresso.
A propósito do crédito de 37 contos o Sr. Diretor Geral expôs a má situação económica da Imprensa, onde numa semana anterior não havia dinheiro autorizado para férias, sendo necessário aboná-lo por sua responsabilidade própria. Esse dinheiro, acrescentou, está já quase consumido por despesas feitas com o excessivo aumento de preços do carvão, material e matérias-primas, e ainda com férias ao pessoal. […]»