«Vem muito respeitosamente a Associação de Pessoal […] apresentar a V. Ex.ª os pedidos de aumento de salários e de pensões aos reformados, assim como a classificação das diuturnidades de aumentos de vencimentos por antiguidades, equiparando-a ainda aos demais assalariados do Estado, trabalhos estes discutidos e aprovados na referida assembleia geral.
Não desconhece V. Ex.ª os motivos que levam o pessoal da Imprensa Nacional a formular tais pedidos. A sempre crescente e pavorosa subida de preço de todos os géneros essenciais à vida coloca-nos nesta contingência. O que em maio do ano próximo passado V. Ex.ª nos concedeu, não faz face atualmente às nossas mais urgentes necessidades, além de que, os salários na indústria particular se têm elevado por forma a colocar os operários da Imprensa Nacional em inferioridade, o que tem forçado alguns deles, embora com desgosto, a abandonarem os seus lugares, visto não poderem manter-se e a suas famílias. […] Conhece V. Ex. o incremento que os serviços da Imprensa tem tomado nos últimos anos e o grau de prosperidade que podem vir a ter, visto estarmos animados da melhor boa vontade em contribuir com o nosso esforço para esse engrandecimento. Nos trabalhos que apresentamos à apreciação de V. Ex.ª pedimos particular interesse para a tabela dos reformados. Bem angustiosa e aflitiva é a situação desses velhos servidores do Estado que, depois de darem o melhor do seu esforço, estão presentemente reduzidos a uma penosa existência, à qual preferível seria, deixarem-se morrer de inanição. Há pensões tão exíguas que nos admiramos como têm podido manter-se esses infelizes companheiros. Para acudir, se bem que escassamente, à sua deplorável existência, preciso é que o Estado aumente em 12 000$00 a dotação à Caixa de Socorros e Reformas do pessoal da Imprensa Nacional. […] »