Ficha
«A primeira filial em Lisboa da Imprensa Nacional e que, simultaneamente, passa a funcionar como livraria de Estado, além de vender todos os impressos que, até agora, só podiam ser adquiridos na sede, na Rua da Escola Politécnica, foi inaugurada, ontem, ao fim da tarde, pelo ministro do Interior.
A aguardar a chegada do Dr. Gonçalves Rapazote encontravam-se nas modernas e funcionais instalações da nova livraria, na Rua Marquês Sá da Bandeira, a S. Sebastião da Pedreira, entre outras individualidades, o Dr. Higino Borges de Menezes, presidente do conselho de administração da Imprensa Nacional; o diretor-geral do Ensino Primário, o agente geral do Ultramar, o secretário-geral da Corporação da Imprensa e Artes Gráficas, um representante do diretor-geral do Trabalho e o juiz conselheiro Trigo de Negreiros.
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Disse, a certa altura, o Dr. Higino de Menezes:
‘Mas crê-se que, tendo sido facultadas agora, condições que permitem um melhor desempenho da sua missão, há que sabê‑las aproveitar e corresponder aos desígnios do legislador, implícitos no atual Estatuto da Imprensa Nacional […].’
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E acrescentou o orador:
‘E foi tendo em conta as apontadas diretrizes, e sem de forma alguma prejudicar o regular andamento das publicações oficiais, que o conselho de administração, ao deste seu primeiro ano de exercício, procurou encaminhar a Imprensa Nacional para cometimentos de natureza cultural que se reputam de indiscutível importância. A visita feita a Portugal, há cerca de meio ano, pelo Dr. Mário Berry, presidente do conselho de administração do Instituto Poligráfico de Itália, e o acordo comercial e de cooperação técnica que, com o mesmo Instituto, celebrou, depois, a Imprensa Nacional e já começa a dar seus frutos, fazem parte de tais cometimentos.’ […]»