Detalhes de documento

  • Arquivo
    INCM/Arquivo Histórico da Imprensa Nacional
  • Cota
    Docs. Do Gab. do Adm. Bebiano (1929-1955), cx. 4
  • Tipo de documento
    Relatório
  • De:
    Chefe da oficina de eletricidade da Imprensa Nacional, Manuel Braga Esteves
  • Para:
Transcrição

«Tenho a honra de informar V. Ex.ª sobre o funcionamento da Central Elétrica do Estabelecimento, e sobre o consumo e custo dos óleos combustíveis e lubrificantes empregados na máquina geradora Diesel, para a produção de energia elétrica durante o ano de 1928.
No mapa a seguir verificará V. Ex.ª a produção mensal, consumo e importância correspondente, e nos gráficos a produção diária, consumo de óleo combustível e também o seu bom ou mau funcionamento.
Fazendo o confronto com o ano económico de 1926-1927, em que a produção foi de 11 937 KW, achamos uma diferença para mais de 17 420 KW, equivalente a 23 600H.P. aproximadamente, com um consumo de 54 116 quilos de óleo combustível, consumo inferior ao despendido no referido ano de 1926-1927, o que nos indica que o pessoal, já com mais treino na condução deste sistema de máquinas, obteve um melhor aproveitamento de combustível.
Aproveito o ensejo para, neste pequeno relatório, lembrar a V. Ex.ª grande conveniência que há para a Imprensa em se adquirir um novo grupo gerador que, salvo melhor opinião, poderá ser do mesmo construtor visto o existente ter dado até agora os melhores resultados, não só porque os motores a vapor que a Imprensa ainda possui dificilmente e só no verão podem ser prejuízo dos serviços das diversas oficinas fornecer a energia precisa, devido à sua pequena potência e contarem mais de vinte anos de serviço, mas também porque o novo motor Diesel, que está funcionando ininterruptamente desde outubro de 1926, precisa muito brevemente de ser beneficiado.
Eu bem, e desculpe-me que o diga, que V. Ex.ª luta atualmente com grande falta de recursos para bem administrar a Imprensa Nacional, mas isso não inibe, porque entendo ser meu dever, de elucidar V.Ex.ª sobre o que se passa e de lembrar que a venda dos motores a vapor sem dúvida auxiliaria a compra de uma nova máquina geradora a óleos pesados. […]»