“(…) Vou solicitar de V. E. que se digne de atender ao que tive a honra de lhe representar em ofício de 9 de novembro próximo passado sobre o pagamento da dívida de certa época pelos impressos fornecidos pela Imprensa Nacional ao Ministério do Reino na conformidade da decisão que V. E. me disse ter tomado a este respeito.
Esta Casa, Senhor, está hoje incumbida de imensos trabalhos topográficos para serem apresentados às Cortes, recomendando-se-me a maior urgência para que se façam. Trabalham para este fim compositores e impressores de dia e de noite; mas eu não poderei exigir este esforço dos operários sem lhes pagar regularmente. As férias de cada semana não importam agora em menos de quatrocentos a quatrocentos e cinquenta mil. Consta-me quea conta do Ministério do Reino deve também ser impressa com brevidade, e para este fim será necessário fazer maiores esforços e despesas. Eu não tenho meios pecuniários para pagar tais despesas e neste caso os trabalhos não poderão efectuar-se. Rogo pois a V. E. que chame à sua presença aquele meu oficio de 9 de novembro último, e que defira ao que peço, porque assim ficarei habilitado a cumprir as ordens sobre a feitura daqueles impressos, tendo então toda a responsabilidade, que por enquanto me não deve incumbir.
(…) 23 de Dezembro de 1852.
Ill.mo e E.mo Sr. R. da F. Magalhães
O Ad. Geral
F.” (nº 103)