Cartas de jogar.

  • Referência
    «Cartas de jogar proporcionaram grandes receitas», Diário Popular [Suplemento Artes Gráficas], de 29 de fevereiro de 1988, p. ıı.
Assunto

Nota histórica sobre a fábrica de cartas de jogar da Imprensa Nacional e respetivo património material.

Ficha

«Na outra face da imagem de austeridade e das publicações eruditas a que se associa normalmente a Imprensa Nacional, aparece uma antiga atividade desta Casa: a Impressão de cartas de jogar.
Foi em 21 de junho de 1769, que a então denominada Impressão Régia ajustou com um genovês de nome Lorenzo Solesio a incorporação de duas fábricas de cartas de jogar e de papelões, sendo-lhe confiada a respetiva direção.
[…]
Variadas gravuras xilográficas da iconografia da época e até as chapas destinadas à impressão dos fundos nas costas das cartolinas conservam-se, ainda hoje, rodeadas do maior cuidado para não se deteriorarem.
Algumas destas edições de cartas de jogar foram verdadeiras obras de arte, opondo nelas a sua assinatura os mais importantes desenhadores e gravadores da época. Destes salienta-se Francisco Rodrigues Viana, cujos desenhos das figuras pretendia estimular a imaginação da juventude e ‘trazer-lhes à memória os feitos e virtudes dos heróis que ilustraram a Nação Portuguesa’, pois que, na altura, ainda estavam vivos os valores patrióticos com que se escorraçaram e venceram os exércitos invasores de Napoleão.»