As logomarcas Imprensa Nacional e da Casa da Moeda ao longo dos tempos
Desde cedo se registaram tentativas de construção de uma identidade gráfica das duas empresas que deram origem à imprensa Nacional-Casa da Moeda, ainda que só tarde tenham chegado à fixação.
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O logótipo da Imprensa Nacional-Casa da Moeda desde 2010 |
A Casa da Moeda
No caso da Casa da Moeda (CM), a primeira ocorrência de um ensaio de imagem de marca surge em 1863 e prossegue com amplas hesitações em relação ao modelo.
Em 1873, aparece uma imagem no papel timbrado, precursora, também, de uma imagem de marca.
E é no papel timbrado que diversas imagens se vão sucedendo, ao arbítrio do grafismo em moda.
A República traz o escudo para o centro da imagem.
Em 1938, a Casa da Moeda passa a ter no seu nome apenas estas palavras, tendo caído definitivamente em desuso a sua identificação como produtora de papel selado.
A Imprensa Nacional
No caso da Imprensa Nacional (IN), os primeiros esboços desse ensaio têm lugar no papel timbrado. Também com a República, o escudo passa a ter lugar de destaque no grafismo da IN.
O mais aproximado de ideia de logótipo surge inscrito nos vitrais e cadeiral da biblioteca, inaugurada em 1923.
Com a fusão, muda o nome da empresa, juntando num só o das empresas que a constituíram, mas seriam necessários mais 10 anos para que uma identidade gráfica se estabelecesse.
A Imprensa Nacional-Casa da Moeda
Fundada em 1972 pela fusão das duas empresas públicas que integram o seu actual nome e um ano mais tarde, a INCM tem, pela primeira vez, um logótipo. O seu designer foi o colaborador da empresa, Valente de Carvalho.
A primeira imagem da marca INCM mantém-se em uso durante quase duas décadas.
Em 1991 é substituída por um novo logo, da autoria do pintor e escultor José Cândido.
A Criação da Nova Marca
Em 2010, a INCM lança um concurso para a criação de uma nova identidade gráfica.
O essencial das transformações formais realizadas é explicado pelo próprio autor-designer que ganhou o concurso para o projecto da nova marca, Eduardo Aires:
Deixamos aqui sublinhados alguns aspectos conceptuais que presidiram à recriação do «logo» da empresa. Antes do mais, a passagem a primeiro plano do próprio nome «INCM». A opção prende-se com o prestígio que a empresa e a sua designação adquiriram, ao saber modernizar-se e responder aos novos desafios da actualidade. INCM é um nome com valor: tradição, confiança, segurança, rigor. É essa relação entre tradição e modernidade que a nova imagem traduz, ao manter elementos essenciais do «logo» anterior, reinterpretando-os no tempo presente, a olhar para o futuro.
E o resultado foi a atual logomarca da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, que passou a estar presente em todas as publicações e em todas as peças de comunicação: