A título de curiosidade, e tentando uma aproximação à obra citada em A Canção de Lisboa, dos arquivos da Imprensa Nacional-Casa da Moeda constam os seguintes títulos:
Da autoria do Dr. Eduardo Motta (e não da Mata, como refere a personagem) numa edição da Academia das Ciências:
Licções de pharmacologia e therapeutica geraes de Eduardo Augusto Motta. – 3.ª ed., Lisboa, Academia Real das Sciencias, 1901. – XII, 753, [1] p., 23 cm. – Enc.
Licções de pharmacologia e therapeutica geraes de Eduardo Augusto Motta. Lisboa, Academia Real das Sciencias, 1887. – 674, [2] p., 23 cm. – Enc.
Da autoria de uma comissão presidida pelo Dr. Bernardino Gomes, secretariada pelo Dr. José Tomás Sousa Martins e nomeada pelo Rei D. Luís, numa edição Imprensa Nacional:
Pharmacopêa portugueza. – Edição official. – Lisboa, Imprensa Nacional, 1876. – LIII, 547 p.; 25 cm. – Enc.
Em 2016, o menino Vasquinho continuou a fazer das suas, desta vez por intermédio do humorista César Mourão, no remake do filme homónimo assinado, agora, por Pedro Varela. A adaptação da história à atualidade exigiu, evidentemente, rever o guião original: a menina Alice tem sotaque brasileiro, o seu pai já não é alfaiate mas sim um aspirante a primeiro-ministro e a tia rica é natural de França e não de Trás-os-Montes. Mas, já se sabe, há coisas que nunca mudam: e Vasco Leitão continuou e estudar pelos supostos manuais «compostos e impressos» na Imprensa Nacional.
Quanto a Vasco Santana deixou-nos há quase 60 anos, em 1958. Precisamente num dia de Santo António…
Texto: TPR
Pesquisa bibliográfica: MJG