Guerreiros & Mártires. A Cristandade e o Islão na Formação de Portugal é o catálogo da exposição homónima patente no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), de 20 de novembro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021, uma exposição comissariada por Joaquim Oliveira Caetano e Santiago Macias e que assinala os 800 anos da morte dos chamados Mártires de Marrocos, um grupo de missionários franciscanos italianos torturados e mortos no Norte de África, em 1220.
Tendo como pano de fundo uma época crucial da afirmação e estabelecimento de Portugal como nação, Guerreiros & Mártires. A Cristandade e o Islão na Formação de Portugal dá a conhecer um conjunto de peças únicas (ourivesaria, cerâmica, peças militares, tesouros monetários, pintura, iluminura, escultura, têxteis, marfins e artes do fogo), cuja cedência envolveu mais de setenta instituições nacionais e estrangeiras.
A exposição «Guerreiros e Mártires. A Cristandade e o Islão na Formação de Portugal» que o Museu Nacional de Arte Antiga agora apresenta ao público, assinala a passagem de 800 anos sobre o Martírio de Cinco Franciscanos em Marrocos em 16 de janeiro de 1220. Os Mártires de Marrocos ficaram para sempre ligados à história portuguesa, não apenas por as suas relíquias se cultuarem maioritariamente em Portugal, após o seu depósito no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, mas também porque o exemplo dos cinco mártires foi determinante para Santo António abraçar a sua vocação Franciscana, tornando-se a primeira grande referência cultural e religiosa portuguesa na Europa. De uma forma mais vasta, o episódio deste martírio insere-se no tempo e no espaço do confronto na Península Ibérica entre as grandes religiões, o mesmo contexto de onde nascia o novo reino de Portugal. Sob esse conflito, porém, situava-se um território de vivências comuns, alianças e trocas culturais, que a exposição também pretende abordar.
Bernardo Alcobaça, diretor-geral do Património Cultural in Guerreiros & Mártires. A Cristandade e o Islão na Formação de Portugal
A presente edição, uma coedição da Imprensa Nacional e do Museu Nacional de Arte Antiga, perpetua a mostra. Amplamente ilustrado, este catálogo é solidamente apoiado por textos de grande rigor científicos (colaboraram, entre outros, Alexandra Markl, Ana Kol, Cláudio Torres, Maria Antónia Nuñez, Yassir Benhima, Maria José Gonçalves, Giulia Vairo, Hermenegildo Fernandes). A coordenação científica da edição é de Joaquim Oliveira Caetano e de Santiago Macias; a coordenação editorial é de Ana Sousa.
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