Luís Caetano visitou os espaços da Imprensa Nacional – gráfica, livraria e biblioteca – e conversou com o diretor da unidade de publicações, Duarte Azinheira, e alguns elementos da sua equipa para ficar a conhecer melhor a editora pública e o seu papel na preservação da língua e da cultura portuguesas.
Instituição secular em Portugal, garante e pilar da relação entre o poder e aqueles a quem serve, com um trabalho essencial de preservação, promoção e ampliação do património bibliográfico, da cultura e da língua portuguesa, a Imprensa Nacional-Casa da Moeda nasce na Impressão Régia, em 1768, e permanece hoje, firme, nas propostas de sempre, no que à edição diz respeito.
Aqui encontramos, por exemplo, as Obras Completas de Almada Negreiros, José Régio, Vitorino Nemésio; ou a Edição Crítica de Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Camilo, Garrett; sínteses da cultura, ensaios, história, novos autores, uma rica e variada proposta editorial marcada desde sempre pela vertente institucional. Da Gazeta de Lisboa ao Diário da República, é nesta chancela de confiança que encontramos informação oficial e documentos fundamentais para o País.
Duarte Azinheira explica que a missão da editora [Imprensa Nacional] é:
(…) uma missão estatutária de preservação e promoção da língua e da cultura portuguesas. A Imprensa Nacional é uma editora de salvaguarda patrimonial. Cabe-lhe garantir que há um conjunto de textos fundamentais para a língua e para a cultura portuguesas, que estão disponíveis para que todos os cidadãos possam a eles ter acesso, e mesmo todos os estrangeiros que tenham interesse pela cultura portuguesa, ou que estudem o português em qualquer parte do mundo. É uma editora que tem um papel supletivo ao das editoras privadas, portanto não concorre com elas. No fundo, é o Estado a garantir esse papel de salvaguarda.
Da editora pública, Luís Caetano destaca:
(…) o dinamismo e a qualidade que atravessam vários projetos a decorrer ou prestes a iniciar-se [para] disponibilizar as obras essenciais da cultura nacional e universal, contribuindo dessa forma para preservar, promover e ampliar o património bibliográfico da língua portuguesa, deixando-o para gerações futuras.
Para ouvir:
1.ª parte (minutos 1’10” e 6’45” – 41’25”)
2.ª parte (minutos 1’10” e 6’30” – 42’05”)
A fotogaleria de Jorge Carmona, publicada no site da Antena 2, dá uma boa ideia de como foi esta viagem pelos espaços da editora do Estado:
Imprensa Nacional.
Uma questão de serviço público.