A Imprensa na Revolução. Os Novos Jornais e as Lutas Políticas de 1975, de Pedro Marques Gomes, publicado em julho de 2021 pela Imprensa Nacional, é a sugestão de leitura que lhe propomos para este 48.º aniversário da Revolução dos Cravos.
O livro aborda a imprensa durante o processo revolucionário de 1974-1975, em que o país muda radicalmente e em que os jornais participam de forma ativa nessa transformação. «A agitação vivida nas ruas é também vivida nas redações, em permanente ebulição, num tempo em que ficam célebres episódios envolvendo jornais e jornalistas, nos quais dificilmente se distinguiam as fronteiras entre a política e o jornalismo», refere-se no livro.
Através de uma investigação histórica, na consulta de vários arquivos, de imprensa da época e na recolha de testemunhos de jornalistas que então se encontravam nas redações, este livro pretende sobretudo dar a conhecer as circunstâncias em que vão ser criados novos jornais privados, em 1975, as suas motivações e objetivos.
Durante a revolução que ocorre nos anos de 1974-1975, o país muda radicalmente e os jornais refletem e participam ativamente nessa transformação. A agitação vivida nas ruas é também vivida nas redações, em permanente ebulição, num tempo em que ficam célebres episódios envolvendo jornais e jornalistas, nos quais dificilmente se distinguem as fronteiras entre a política e o jornalismo. Este livro trata dessa história, mas, sobretudo, pretende compreender as circunstâncias em que vão ser criados novos jornais privados, com as suas motivações e objetivos. Com a criação, em 1975, do Jornal Novo, O Jornal, Tempo e A Luta, surgem projetos jornalísticos distintos, que, pretendendo ser uma alternativa à imprensa então estatizada, são, sob vários aspetos, inovadores e ousados. São também polémicos e participam ativamente no curso dos acontecimentos, assumindo-se como defensores da legitimidade democrática.
(da contracapa)
Pedro Marques Gomes é professor na Escola Superior de Comunicação Social e investigador do HTC da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. O livro resulta da sua tese de doutoramento em História Contemporânea, a que foi atribuído o Prémio Fundação Mário Soares-Fundação EDP 2019.