Distinguido com vários prémios literários, Paulo Teixeira é considerado um dos mais importantes poetas portugueses da atualidade, estando a sua poesia publicada em diversas revistas e antologias e traduzida em mais de uma dezena de línguas.
Autor de obras como As Imaginações da Verdade (1985), Conhecimento do Apocalipse (1988), A Região Brilhante (1988), Inventário e Despedida (1991), Arte da Memória (1992), O Rapto de Europa (1994), Patmos (1994), As Esperas e Outros Poemas (1997), Túmulo de Heróis Antigos (1999), Autobiografia Cautelar (2001), Orbe (2005), Descanso na Fuga para o Egipto (Antologia 1985-2005) e O Anel do Poço (2009), Paulo Teixeira nasceu em Moçambique, em 1962. É licenciado, mestre e doutor em Geografia. Depois de se dedicar ao ensino, dinamizou várias oficinas de escrita e sessões de divulgação da poesia portuguesa contemporânea.
O Último Poeta Romano, publicado na coleção «Plural» da Imprensa Nacional, congrega num único livro toda a produção poética de Paulo Teixeira e acrescenta ainda um inédito, Calepino.
CREDO QUIA ABSURDUM
Creio na vastidão ilimitada dos amores humanos,
esses amores que se fundem com os domínios
inelutáveis da dor: o amor, essa claridade
que não alcançou em nossos dias
a recôndita certeza dos deuses.
Amores frágeis sob o voo das aves,
amores de uma noite profunda ou de uma tarde
amena entre o regaço de outras mãos.
Amores de um país onde tudo se esquece
entre uma aurora e outra.
in O Último Poeta Romano, p. 13
De recordar que a coleção «Plural» foi criada em 1982 por Vasco Graça Moura, então administrador responsável pelo pelouro editorial na Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM). A «Plural» acolheu, até ao fecho daquela década, obras de novos mas já promissores autores, que tiveram nela a sua primeira oportunidade de publicação. Entre os títulos publicados encontram-se obras de ficção, ensaio, dramaturgia e mesmo artes plásticas, mas sobretudo de poesia. A INCM assumia deste modo o papel de serviço público que lhe cabe desde a sua fundação, neste caso dando oportunidade aos novos. Hoje, a coleção «Plural» continua a ser um espaço dedicado à divulgação de obras poéticas de indubitável qualidade que não encontraram ainda a justa oportunidade de publicação ou são de acesso difícil para o público.
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