Ana Sousa Dias – Por que aceitou fazer parte desta coleção?
Paulo Nozolino – Achei que era um dever cívico. É a Imprensa Nacional que imprime os meus passaportes, e o passaporte foi o que me permitiu viajar durante anos. Sem ele não teria feito as fotografias deste livro. E era um dever didático, pois finalmente há uma coleção dedicada só à fotografia e vendida a um preço módico – 19 euros. É o meu livro que mais fotografias tem.
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In entrevista por Ana Sousa Dias
Diário de Notícias
19 de maio de 2018
Sérgio Mah, que escreve o texto que enquadra o trabalho de Nozolino, sabe desse «peso inelutável» a que chama imaginação trágica. E sabe-o de várias maneiras. Na forma como coloca a obra de Paulo Nozolino na esteira da Antiguidade grega. No modo como lhe atribui «uma visão inquieta e dramática do mundo». E, sobretudo, na escolha desta frase de Céline para uma das duas epígrafes do texto crítico que inicia o livro: «C’est que je ne connaissais pas encore les hommes. Je ne croyais plus jamais à ce qu’ils disent, à ce qu’ils pensent. C’est des hommes et d’eux seulement qu’il faut avoir peur, toujours.»
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Cristina Margato
Expresso / E / «Culturas»
19 de maio de 2018
Um modo fotográfico que intensifica o caráter de uma obra que, desde as imagens primordiais, revela «traços estéticos», e que não são alheias as «opções técnicas e formais», que o fotógrafo manteve ao correr do tempo. É o caso, como faz notar o ensaísta [Sérgio Mah], do recurso a câmaras analógicas de 35 mm e da escolha de imagens «escuras e contrastadas», aquilo a que chama «uma dramaturgia visual em torno do claro-escuro». Ler mais…
Maria Leonor Nunes
Jornal de Letras
9 a 22 de maio de 2018
(…) Paulo Nozolino (…) encontrou um mocho de pequenas fotografias quadradas. Documentavam uma viagem à Grécia em 1972, na companhia dos pais e de uma avó. Ao passá-las reparou que uma delas tinha um escrito por trás, feito com a letra da mãe: «Esta imagem foi feita pelo Paulo.» (…) Foi um momento de «revelação» para o artista, que o obrigou a corrigir aquela que apresentava como a sua primeira fotografia (…). Começar com a primeira imagem que esteve durante décadas diluída numa autoria familiar (pediu a máquina ao pai para a tirar) foi uma opção deliberada e a favor da organização cronológica com que foi concebido o segundo volume da coleção «Ph.» (…). Ler mais…
Sérgio B. Gomes
Público / «Cultura»
8 de maio de 2018
«No caso de Nozolino, a seleção das imagens foi feita pelo próprio e por Sérgio Mah», explica Cláudio Garrudo, diretor editorial da coleção. Ler mais…
Ágata Xavier
Sábado / «Artes Plásticas»
3 de maio de 2018
Há uma mnemónica visual em Ph.02: um olho ciclíopico sobrevivente ao varrimento da luz na página 30 (Lisboa, 1979), um terrível olhar sem vida a emergir de um corpo tapado por lençóis na página 50 (Berlin, 1984), o olhar direto de um adolescente, único a fitar-nos na vintena de rostos da quadrícula policiaria (New York, 2007), os olhos inocentes do menino pintado na página 100 (Göttingen, 2005), até chegar ao autorretrato de um jovem Nozolino ao espelho – e fecha-se o círculo do volume. Ler mais…
Sílvia Souto Cunha
Visão / «Livros e Discos»
10 de maio de 2018