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«O Irreparável» na Edição Nacional, por Jorge Reis‑Sá

Crónica Edição Nacional

Custa-nos a morte pelo que ficou por fazer. Ou, mais certo: pelo que deixaram de fazer as pessoas que desapareceram. Não as saber aqui, criando, sendo, vivendo, acrescentando a nós a vida delas é o que nos deixa a tristeza mais funda. Mesmo quando as pessoas cumpriam a sua idade mais natural, mesmo quando pareceram cumprir a arte de uma forma que já lhes dera lugar cativo na História.

No entanto, para um editor (como talvez para tantos outros, noutras situações) o que mais custa é o irreparável.

Ao longo de tantos anos a fazer livros, houve várias, muitas, inúmeras situações em que sei que fiquei aquém. Por vezes por «erros meus»; outras por «má fortuna»; e até pelo «amor ardente» que me tolheu os sentidos. No caso de duas mortes recentes, que me doeram especialmente, foi isso mesmo o que aconteceu. Eram duas mulheres. Eram duas senhoras. Diferentes em tanto, semelhantes em tanto mais. Ambas cândidas, calmas, educadíssimas. Ambas geniais na arte que escolheram para criar. E a ambas falhei.

A Ana Luísa Amaral tinha a voz grave nos poemas que lhe pareciam vir da alma. Aquele «Testamento», que lhe ouvi numas Correntes D’Escritas, ficou-me para sempre gravado e não há dia em que o não leia pensando na sua cadência. Publiquei-a nas Quasi, um dos primeiros livros depois de regressar ao estatuto de editor único da editora que criara. Foi a primeira vez que reuniu a sua poesia, num livro lindo, uma capa magnífica no novo design da coleção que eu instituíra há pouco. Uma impressão irrepreensível, o papel com a gramagem certa para extensão do mesmo. Uma das edições que, ainda hoje, me orgulham mais. O livro fez o seu caminho, foi-se vendendo. Mas quando chegou a altura de o reeditar, o tempo já era outro tempo na terra pequena onde vivia (e como amava e amo essa terra pequena). As Quasi estavam em dificuldades e viriam a encerrar passado pouco tempo. E eu não consegui reeditar o livro. Perdi uma autora antes de ter perdido a editora. E nunca reparei essa falha, mesmo tendo mantido com a Ana Luísa uma querida amizade até ao dia em que morreu.

A Maria de Lourdes Modesto chegou pela vinda para Lisboa. Era uma senhora como conheci poucas, cheia de um tempo que infelizmente já não existia — o tempo que ela trazia nas suas queridas atitudes de rainha da gastronomia portuguesa e que merecia não desaparecer, fosse só esse tempo o que ela exemplificava. Mas também não era, também infelizmente. Tentei como pude continuar o trabalho de Fernando Guedes. Várias vezes me atravessei com a minha palavra no meio das conversas. Ainda consegui muito, seja a reedição da Cozinha Tradicional Portuguesa, das Receitas Escolhidas e do A Colher de Pau ou a criação da maravilhosa A Minha Primeira Cozinha Tradicional Portuguesa, onde alguém muito próximo de mim teve um papel ainda mais importante do que eu. Mas na Verbo eu não punha ou dispunha, não mandava (ainda bem?). E também sei que quem mandava não o queria a acontecer como aconteceu. E senti sempre que não conseguiu cumprir as expetativas que a Maria de Lourdes tinha para mim enquanto seu editor. A forma maravilhosa como sempre me recebeu nos anos seguinte, esquecendo estas vicissitudes profissionais e celebrando uma amizade que essa relação trouxe, só confirmam a senhora que era. Mas também aqui foi irreparável esta falha editorial. Ou pelo menos para mim. Que sei que ambas não o viam assim.

Vale-me saber isso. Se não repara o que falhei depois, consola-me pelo menos ter feito os livros antes. E saber o quanto as deixei felizes.

Ana Luísa Amaral. Maria de Lourdes Modesto. In memoriam.

 

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