Em jeito de folhetim, à moda e ao gosto de Camilo Castelo Branco, a Imprensa Nacional está a disponibilizar no sítio de Internet www.incm.pt, todas as terças-feiras, uma das narrativas que compõem as Novelas do Minho, publicadas pela primeira vez entre 1875 e 1876.
Depois de Gracejos que Matam e de O Comendador hoje fica disponível:
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O Cego de Landim conta a história do infame (de maldade refinada) António José Pinto Monteiro, mais conhecido por «o cego de Landim», que depois de regressar do Brasil, onde fez fortuna, é aclamado herói.
Camilo Castelo Branco nesta novela tem uma intervenção direta: conta e participa na história, é simultaneamente personagem e narrador, num mecanismo que se aproxima do processo, por exemplo, de Balzac ou de Eça de Queirós. Aliás, as Novelas do Minho são consideradas, a par de A Brasileira de Prazins (1882), obras de transição do Romantismo para o Naturalismo.
Escritas quando Camilo contava cinquenta anos, as Novelas do Minho apresentam-se consensualmente como uma espécie de síntese do universo romanesco de Camilo: o escritor mantém-se bastante fiel a um romantismo que lhe era verdadeiramente congenial; e, ao mesmo tempo, não fica alheio aos novos influxos estético-literários do Realismo-Naturalismo, de inspiração francesa.
In Para Uma Leitura de Maria Moisés de Camilo Castelo Branco, de José Cândido de Oliveira Martins
O presente volume tem edição do académico Ivo Castro e de Carlota Pimenta.
Boas leituras.