Polícias, ladrões & outras revelações — Arquivo Histórico Fotográfico do Museu de Polícia Judiciária 1912-1945, da autoria de Leonor Sá, é o resultado de 25 anos de tratamento e pesquisa sobre as cerca de 30 000 imagens do Arquivo Histórico Fotográfico do Museu da Polícia Judiciária e será apresentado no próximo dia 17 de outubro, pelas 18h30, no Edifício Sede da Polícia Judiciária, em Lisboa.
A sessão de apresentação vai contar com a presença da autora e de Carlos Farinha (Polícia Judiciária), Duarte Azinheira (Imprensa Nacional-Casa da Moeda) e Silvestre Lacerda (Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas).
Polícias, ladrões & outras revelações, com a chancela editorial da Imprensa Nacional, não só dá a conhecer, pela primeira vez, o espólio deste invulgar arquivo fotográfico até agora desconhecido, como proporciona uma primeira (e privilegiada) perspetiva sobre a história da sua recolha, tratamento — e, sobretudo — sobre a pesquisa e estudo das singulares fotografias que o constituem, trazendo à luz dados novos e inéditos sobre a História da fotografia, da polícia e da polícia científica em Portugal, não esquecendo a História da Primeira República e do Estado Novo.
Leonor Sá nasceu em Lisboa em 1957. É conservadora responsável do ‘Museu de Polícia Judiciária’ e Investigadora do ‘IHC’ da Universidade Nova de Lisboa e do ‘CECC’ da Universidade Católica de Lisboa. Doutorada em Estudos de Cultura (UCP), Mestre em Literatura Alemã (FCSH-UNL), pós-graduada em Museologia (UL) e licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (FLUL), o seu percurso académico e profissional refletem a sua curiosidade interdisciplinar e a sua vontade de concretizar projetos em várias frentes. Mentora e coordenadora de vários projetos de salvaguarda de património cultural, entre os quais o ‘Projeto SOS Azulejo’ (Grande Prémio da União Europeia para o Património Cultural/EUROPA NOSTRA 2013), comissariou várias exposições e foi galardoada com o Prémio BPI/Lisbon Consortium — UCP pela sua tese de doutoramento intitulada Infâmia e fama: O mistério dos primeiros retratos fotográficos judiciários em Portugal 1869-1895, obra também premiada com uma Menção Honrosa do ‘Grémio Literário’. Autora de várias dezenas de artigos, fez também traduções (das quais se destaca Trinta Anos, de Ingeborg Bachman), crítica literária (O Independente, JL, Expresso) e publicou um livro de poesia (A Poesia está fechada).