Nomeado pelo Governo Provisório no próprio dia 5 de Outubro de 1910, tomou posse no dia seguinte e manteve-se no cargo até 31 de Outubro de 1927.
Filho de Júlio Derouet e de Sofia Guedes, nasceu em Lisboa, na freguesia de Santa Isabel, em 19 de Abril de 1880. Estudou no Liceu do Carmo e fez na Escola Politécnica os preparativos para a Escola Médica, não tendo concluído o curso de medicina por entretanto se ter dedicado ao jornalismo. Casou com Clementina Porto e dela teve uma única filha, Maria Luísa Porto Derouet.
Republicano convicto, como jornalista colaborou nos jornais A Cabra (1893), Actualidade, Barricada, A Vanguarda (que fundou em 1897), A Pátria, O Mundo (que também fundou), A Manhã (1917), Diário da Tarde e Diário de Lisboa, entre outros. É ainda autor do livro Duas Pátrias, compilação de crónicas enviadas para o jornal O Mundo, quando da visita que fez ao Brasil, em 1922, acompanhando o Presidente da República, António José de Almeida.
Em 1902 concorreu para revisor da Imprensa Nacional e ingressou nos quadros da empresa como revisor de 1.ª classe, categoria que mantinha quando em 6 de Outubro de 1910 tomou posse do cargo de Administrador-Geral (a partir de 1913 chamado de Diretor-Geral).
Enquanto se manteve à frente da instituição, teve sempre, para além do cuidado com a boa gestão da casa, a preocupação com o desenvolvimento cultural e a melhoria das condições de vida do seu pessoal.
Logo em 1911 participou ativamente na Reforma Ortográfica.
Com os numerosos livros que se achavam encaixotados desde que o antigo edifício dera lugar ao actual, inaugurou em 3 de Outubro de 1923, na presença do então Presidente da República, António José de Almeida, a sala da Biblioteca.
Com Luís Derouet se iniciou a tradição — recentemente retomada — de organizar eventos públicos de cariz cultural na Biblioteca, com a promoção de diversas exposições, a última das quais, a 1.ª Exposição Internacional de Ex-Libris, deveria encerrar no dia 1 de Novembro de 1927.
Mas na véspera, ao sair da Imprensa Nacional, Luís Derouet foi atingido por três tiros desfechados por Manuel Pinto, um tipógrafo desempregado, preso na ocasião. Levado para o Hospital de São José ainda foi operado, mas não resistiu, morrendo no dia seguinte, 1 de Novembro de 1927. O seu funeral, que saiu no dia 3 das instalações da Imprensa Nacional para a Cemitério dos Prazeres, foi uma sentida homenagem de todo e pessoal e dos numerosos amigos que, nas palavras do Dr. Tomás de Mello Breyner, perdiam um «bom e leal amigo, que atravessou a vida amando a família com ternura, servindo o País com valor, querendo bem aos amigos sem prejudicar o próximo e praticando o bem tantas vezes.»
O busto de bronze que se encontra no átrio da Imprensa Nacional, foi inaugurado em 26 de Maio de 1928 e nesse mesmo ano foi publicada a obra À Memória de Luís Derouet: Palavras Justas, da iniciativa da Cooperativa do Pessoal da Imprensa Nacional de Lisboa, A Pensionista.
> Primeiras visitas dos aprendizes da Escola profissional da IN a estabelecimentos públicos e privados com interesse para a sua educação profissional e artística, que perduraram até 1916:
> Caixa de Auxílio a Viúvas e Órfãos
1923
> Previdência Mútua
> Inauguração da Biblioteca da IN
1924
> Exposição Camoneana, na Biblioteca
1925
> Exposição Comemorativa do 4.º Centenário de Vasco da Gama, na Biblioteca
1926
> Exposição de encadernações feitas pelo pessoal da casa
1927
> 1.ª Exposição Internacional de Ex-Libris, na Biblioteca