A Imprensa Nacional – fundada em 1768 por alvará de D. José com a designação de Impressão Régia ou Régia Oficina Tipográfica – é a mais antiga editora em Portugal, e uma das mais antigas empresas portuguesas em laboração contínua.
À editora oficial do Estado coube, desde o primeiro momento, assegurar o ensino dos aprendizes de tipografia numa escola de artes gráficas própria, publicar materiais de apoio ao ensino, «animar as Letras, e levantar huma Impressaõ util ao público pelas suas producções, e digna da Capital destes Reinos», publicando textos fundamentais que apoiavam diretamente as instituições oficiais, acompanhando as solicitações culturais da época.
Aqui se produziam anualmente centenas de títulos, que incluíam a impressão e reimpressão de compêndios, como os tratados de gramática da língua portuguesa, latina e grega; planos de estudos de que se destacam os Estatutos da Universidade de Coimbra de 1772; traduções de obras estrangeiras sobre temas científicos e técnicos; libretos de ópera; poesia panegírica; obras de caráter religioso com intenção didática; e legislação impressa, como editais, alvarás régios. A partir de 1778, passou a publicar o jornal oficial, hoje designado Diário da República. E em 1801 assumiu a incumbência de «continuar a impressão dos livros e obras de que se achava encarregada a Casa Litteraria do Arco do Cego», recém-extinta, e «concluir todas as obras que se achão ali principiadas e que deverão concluir-se, assim como executar-se outras».
A fusão, em 1972, com a Casa da Moeda – talvez o mais antigo estabelecimento fabril do Estado português, cujas referências mais remotas datam de finais do reinado de D. Dinis – não impediu que cada uma das duas unidades continuasse a cumprir empenhadamente a sua vocação, de forma autónoma e acompanhando os tempos.
Passados mais de dois séculos sobre a data da criação, e independentemente de regimes e de governos, a Imprensa Nacional conservou sempre um papel muito especial na promoção e divulgação da língua e cultura portuguesas, sabendo manter-se sempre como um referencial de qualidade, de dedicação e de serviço público.
Apresentando-se agora com uma identidade autónoma, a Imprensa Nacional pretende, naturalmente, recordar a sua antiguidade. Mas acima de tudo tornar mais conhecida a especificidade da sua missão, divulgar a sua atividade editorial, o seu catálogo, e todas as atividades de promoção cultural, reafirmar a sua contemporaneidade e o seu posicionamento enquanto prestadora de serviço público em nome do Estado português.
A Imprensa Nacional, marca editorial da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, é uma instituição muito especial, há mais de 2 séculos ao serviço da cultura.
A construção da nova marca:
Criação do atelier White Studio (2017).
RAS