No contexto da pandemia COVID-19 e dos novos desafios que se colocam ao País e ao mundo por estes dias, a Imprensa Nacional tomou a iniciativa de disponibilizar os seus conteúdos digitais, assumindo, desde o primeiro instante, que esta medida pretende fazer face ao isolamento e, ao mesmo tempo, incentivar a leitura. É também uma iniciativa que dá continuidade à sua primordial e já longa missão de serviço público: preservar e divulgar a memória e o património comuns.
Ao longo da semana passada, a Imprensa Nacional disponibilizou dezenas de títulos da coleção «O Essencial Sobre…», de forma totalmente gratuita e partilhável. Decidiu agora estender a iniciativa a outras obras.
Neste sentido, a Imprensa Nacional disponibiliza gratuitamente 250 Anos. Breve História da Imprensa Nacional.
Pode ler e descarregar aqui os 10 volumes: https://imprensanacional.pt/livros-em-pdf/
Esta edição, em formato exclusivamente digital, é uma breve síntese adaptada a partir da obra que evocou e celebrou os 250 anos da editora pública: Indústria, Arte e Letras, de autoria de Maria Inês Queiroz, Inês José e Diogo Ferreira, dada à estampa em 2019.
Este rigoroso estudo resulta do trabalho de investigação desenvolvido ao longo de dois anos e que reuniu uma equipa de investigadores da Universidade Nova de Lisboa, coordenada por Maria Inês Queiroz.
Este é um trabalho que acompanha e dá a conhecer a história da editora pública portuguesa desde a sua criação, em 24 de dezembro de 1768, até ao presente, percorrendo o seu papel no setor das artes gráficas, da indústria do livro e da formação profissional, num cruzamento óbvio e inevitável da história do próprio país, como explica Maria Inês Queiroz:
A história da Imprensa Nacional cruzou-se com a história do país, variando em função das principais transformações políticas e económicas e de mudanças socioculturais que, no seu conjunto, se refletiram na sua produção editorial. Desde logo, no plano profissional, merece especial destaque o papel que assumiu no ensino das artes gráficas, tornando-se uma referência à escala nacional. Com efeito, a Impressão Régia foi criada como tipografia e fábrica de letra mas também incumbida de assegurar o ensino nas oficinas, nas quais foram formados, por mais de dois séculos, gravadores, compositores, impressores, fundidores de tipo e litógrafos, entre outros tantos profissionais que contribuíram para a sua reputação técnica e artística.