” (…) Em consequência da remoção do contador da Imprensa Nacional, A. Z. Loforte, para fazer serviço no Tesouro Público, não é possível que continue na comissão de Tesoureiro desta Casa o Escriturário A. R. V., que sendo graduado Contador da mesma Imprensa é a quem pertence a fiscalização das contas do Tesoureiro, como incumbia áquele Contador.
As contas relativas ao primeiro semestre do corrente ano foram verificadas e fechadas pelo Contador Loforte, e hoje verfiquei eu as que pertencem ao mês de Julho próximo passado; e tendo-as achado exactas com o saldo de rs. 1: 748.905, sendo em notas, ordenei ao dito A. R. V. que removesse desse saldo (…) para um cofre de três chaves, estando uma em meu poder, outra em mão dele, e outra na do Amanuense desta Administração, Francisco Angel d’Alaude Pereira Sousa[?], e ficando estabelecido que nenhuma quantia entre ou saia do cofre sem se acharem presentes os três clavincularios. Esta medida adoptei eu provisoriamente até que V. E. proveja sobre a maneira de ser preenchido o lugar de Tesoureiro, cumprindo-me dizer a V. E. que não me parece conveniente que o encarregado do Cofre desta Casa deixe de ter uma fiança, como tinha, o que ultimamente exercia esta [?], que por essa responsabilidade nunca reebeu gratificação alguma, não obstante as representações que em diversas epocas dirigi pelo Ministério hoje a cargo de V. E. (…) Digne-se V. E. de me dar as sua ordens com a possível brevidade sobre o que deixo referido.

(…) 2 de Agosto de 1849

Ill.mo e Ex.mo Sr. Conde de Tomar
Ministro e Secretaria de Estado dos Negócios do Reino.”

(documento 333 – Numeração atribuída aos documentos resultam de contagem nossa, uma vez que estes só estão numerados até ao 296)