“(…) Continuadamente estou recebendo ordens pelo Ministério da Marinha, a cargo de V. E., para satisfazer a várias requisições de impressos, muitas das quais são declaradas urgentes; porém esta Casa não tem maios alguns para comprar o papel a tal fim necessário, nem para pagar aos compositores impressores, cumprindo-me por esta ocasião declarar que não posso exigir dos fornecedores que continuem o fornecimento de papel, por que já lhes devo grandes somas. Nestes termos, venho pedir a V. E. que se digne de atender a tão imperiosas circunstâncias, mandando fazer uma requisição especial ao Tesouro Público pela quantia de 750.000 rs que com pouca diferença deve o Ministério da Marinha à Imprensa Nacional, a exemplo do que em caso idêntico praticou o antecessor de V. E., o Ex.mo Sr. D. Manuel de Portugal porque com esta quantia poderei pagar aos fornecedores parte dos seus ditos, e alguma coisa restará para dar por conta das férias aos operários desta Casa; ficando assim habilitado a satisfazer às requisições do Ministério da Marinha, que ultimamente me tem sido ordenadas.
(…) em 13 de Julho de 1847
Ill.mo e Ex.mo Sr. Conde do Tojal
M. e Secr. De Est. Dos Negócios da Marinha e Ultramar.
O Administrador Geral
F.A.P.M.”
(documento 190)