“(…) Devolvo o requerimento em que o Marquês de Vagos pede licença ara eu ser citado, na qualidade de Administrador Geral da Imprensa Nacional, a fim de que me constitua depositário do foro que esta Camara paga aos Condes de Murça de rs. 450.000 anuais, para em tempo competente entrar com ele no Depósito Público.
E [?] que a Imprensa Nacional paga de foro aquela quantia liquida de décima pelo Edifício em que esta estabelecida, e são os Condes de Murça os Senhorios este foro, aos quais se tem pago em parcelas, como permitem as escassas forças do Cofre desta Casa. Por este motivo acho inconveniente em me comprometer a pagar de pronto os 450.000 rs., por que a isto equivale a intenção para que entrar com eles no Depósito Público. Entretanto se o Ministério do Reino deferir ao requerimento do Marquês de Vagos, isto é, que eu fique constituido depositário do foro e obrigado a entrar com ele no Depósito, logo que para este fim for citado, devo prevenir a V. E. para que se digne de assim o fazer saber a S. Ex. o Ministro do Reino, que eu terei de pedir aos mesmo Ministério que me habilite com a dita soma de 450.000 rs. Por conta a soma de 450 .000 rs. Por conta da sua divida a esta Casa para poder imediatamente satisfazer aquela intimação.
(…) 14 de Julho de 1851

Ill.mo e Ex.mo Sr. Conselheiro oficial mor da Secretaria de Estado dos Negócios do Reino.

O Administrador Geral” (nº 3/2º semestre)