“(…) O progressivo aumento dos trabalhos desta Repartição, e o desejo que eu tinha de ultimar os diferentes inventários, o que é a primeira necessidade de um Estabelecimento desta natureza, induziu-me a empregar temporariamente, com a modica gratificação de dez mil reis mensais, para ajudar os empregados efectivos no serviço extraordinário, e no adiantamento da escrituração que estava em considerável atraso. O Individuo que encarreguei deste serviço é um moço, que tendo muita capacidade e habilitação para mais qualificadas distinos é além deste filho do Contador honorário Francisco José Pereira e Sousa que pelo seu assiduo e excelente serviço merece toda a contemplação. As razões de interesse e de utilidade que apontei, e estas atendiveis circunstâncias justificam no meu entender o pequeno aumento de despesa que tenho feito com a resolução que tomei, e que julgo compreender-se nas minhas atribuições, e estar assaz abonada pelos bons resultados, que tem produzido. Entretanto como julgo que por algum tempo será ainda necessário o serviço extraordinário a que aludo, pareceu-me do meu dever levar ao superior conhecimento de V. Ex.ª este acto da minha administração, para que V. Ex.ª se digne de o autorizar se assim o julgar conveniente enquanto as circunstancias tornarem necessária a continuação do serviço auxiliar, que presta o mencionado Amanuense temporario. Deus Guarde a V. Ex.ª Lisboa etc 18 de Julho de 1843. Ill.mo e Ex.mo Snr. António Bernardo Costa Cabral = O Administrador Geral = J. F. P. Marecos” (pp. 89-89 v.)