“(…) Nesta data tive a honra de dirigir a V. E. um ofício acompanhando a conta da despesa feita pelo Cofre da Administração Geral da Imprensa Nacional com os impressos para o Ministério do Reino (…) Como a Imprensa Nacional não tem nenhum rendimento para a sua sustentação senão o produto do seu trabalho, sendo a única repartição Pública que não leva dotação alguma no Orçamento de Estado, não posso deixar de pedir a V. E. que se digne de ordenar que se lhe dê alguma quantia por conta desta dívida, porque a prestação mensal de 100.000 réis que ultimamente foi designada para os impressos do Ministério do Reino não chegaa nem para pagar os que ordinariamente se mandam fazer, como acabo de verificar pela importância dos impressos aqui feitos nos últimos cinco anos (…) Muitas vezes tenho eu tido a honra de expor a V. E. as circunstâncias desta Casa, e a nenhum Ministro da Coroa deve ela mais protecção; por isso e porque me faltam os meios de ocorrer à sua urgente despesa, eu confio que V. E. se dignará de me atender benignamente.
Por esta ocasião permita-me V. E. que chame a sua providencial atenção para a uma explicita e circunstanciada representação de 29 de Agosto de 1845 sobre a necessidade de reimprimir os Missais e Breviários, cuja falta, hoje absoluta, se torna [?] sendo até vergonhoso para o nosso país que aquela reimpressão não se tenha feito.”

(…) 12 de Setembro de 1849.

Ill.mo e Ex.mo Sr. Conde de Tomar
Presidente do Conselho, M. e Secr. De Estado dos Negócios do Reino.

O Administrador Geral
F.A.P.M.”

(documento 348 – Numeração atribuída aos documentos resultam de contagem nossa, uma vez que estes só estão numerados até ao 296)