“(…) A Imprensa Nacional não tem actualmente um Tesoureiro responsável pela arrecadação de seus fundos. Por motivos de economia foi este lugar suprimido por Decreto de 9 de Novembro de 1842. Se meu irmão, meu antecessor, que propôs aquela supressão, não falecesse pouco tempo depois dela, já teria alcançado que o lugar fosse restabelecido, porque a experiência lhe mostraria, como me tem mostrado, que há graves inconvenientes e irregularidades na falta do Tesouro desta Casa. Em diferentes ocasiões eu representei ao Ministério do Reino que era necessário dar providências a este respeito. Quando teve lugar a remoção do Contador Augusto Zacarias Logorte dirigi sobre o mesmo objecto duas representações ao dito Ministério (…) Não tendo havido ainda as providências que este caso exige, e constando-me que o estado provisório, e por certo irregularissimo, na arrecadação dos fundos desta Casa tinha dado azo a que a calúnia dirigisse seus tiros à minha administração, pertendendo atribuir a motivos cavilosos a falta de pagamento de algumas férias aos operários da Imprensa Nacional, dirigi uma outra representação ao Ministério do Reino (…) Instruindo a V. E. destas circunstâncias, e considerando a V. E. como primeiro Fiscal da Fazenda Pública, venho pedir a sua intervenção neste negócio, para que se digne de fazer ver ao E.mo Ministro do Reino a conveniência, ou antes a absoluta necessidade, de restabelecer o lugar de Tesoureiro da Imprensa Nacional. (…) 16 de Novembro de 1850.

Ill.mo e E.mo Sr. António V. d’Ávila
Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda.”

(documento 90 – numeração atribuída aos documentos resultam de contagem nossa. Não se encontram numerados)