Ficha
«Numa época em que a aquisição de livros, por causa do seu elevado preço, se torna cada dia mais difícil, em que a edição de autores portugueses é muitas vezes menosprezada em benefício da edição de autores de outros países, tem interesse sabermos um pouco mais sobre a remodelação editorial da Imprensa Nacional, iniciada em julho de 1979, remodelação da qual é responsável o dr. Vasco Graça Moura, administrador da Imprensa Nacional. […]
“A remodelação editorial da Imprensa tem pretendido, sem modificar o itinerário tradicional desta editora, a mais velha editora portuguesa, a qual se tem aplicado à publicação dos fundos culturais da nação, ocupando por isso um papel eminentemente importante na corrente erudita, infletir no sentido de proporcionar ao leitor moderno textos suficientemente claro sob o ponto de vista da leitura, cientificamente rigorosos, e acompanhados de uma introdução, que não sendo exaustiva, seja também suficientemente clara e rigorosa. A realização portanto de uma coleção – ‘A Biblioteca de Autores Portugueses’ – que seja um compromisso entre a edição crítica erudita e a edição destinada, não direi ao grande público, mas um vasto público.” Começou por nos dizer o dr. João Palma Ferreira, coadjutor da administração da Imprensa Nacional para a remodelação em curso e atual diretor da Biblioteca Nacional.
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“Um aspeto de particular importância é o da publicação de inéditos de grande valor; entre estes vai ser feita a divulgação, em edição fac-similada, do primeiro manuscrito, que se conhece até agora, de uma biografia de Luís de Camões, manuscrito que se supõe datar de 1623. E que com a humildade possível dizemos que será, porventura, o acontecimento fundamental deste ano camoniano.” […]
Mas a renovação editorial da Imprensa Nacional não se restringe à Biblioteca citada: ela abrange outras coleções, nomeadamente a “Coleção de Estudos Portugueses” dedicada à publicação de ensaios. […]»
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