Detalhes de documento

  • Arquivo
    INCM/Arquivo Histórico da Imprensa Nacional
  • Cota
    n/a
  • Tipo de documento
    Ordem de Serviço
  • De:
    Direção Geral da Imprensa Nacional
  • Para:
Transcrição

«Realizando-se amanhã, 8, os funerais do malogrado Presidente do Ministério e Ministro do Interior, coronel António Maria Baptista, que precisamente neste momento vinha dedicando aos interesse do pessoal da Imprensa Nacional a atenção desapaixonada e imparcial que eles merecem, de harmonia com as miguadas possibildades do Tesouro Público, esta Direção-Geral tem a honra de convidar todos os que à sua honrada memória desejem prestar o devido culto a encorporarem-se no cortejo, que sairá, pelas 16 horas e meia do dia acima referido, do edifício do Ministério do Interior.
A Direção-Geral aproveita o ensejo que se lhe oferece para opor o mais formal protesto a um documento, com ad ata de hoje, atribuído a uma comissão do pessoal do Estabelecimento, e onde, a par de falsas afirmações, que vão até ao extremo de envolver do nome de quem já lhes não pode dar o merecido corretivo, agravam injustamente velhos empregados da Imprensa, trabalhadores e disciplinados, alguns dos quais, em mais de cinquenta anos de serviço, têm dado ao Estado esforço e atividade em demasia, para que, sem provas, alguém ouse asscar-lhe propósitos ou atos menos dignos.
A grande maioria do pessoal da Imprensa conhece bem, decerto, que esta Direção-Geral continua zelando, sem receio de séria contestação, os justos interesses de quantos aqui trabalham, e saberá, portanto, aguardar com confiança não só os esforços que não tem necessidade de exaltar aos olhos das pessoas bem intencionadas, mas os do Conselho Administrativo e Disciplinar e de todos os que à sua volta têm cooperado, e que, evidentemente, tendem a um resultado profícuo e tanto quanto possível rápido; mas, impossibilitada por vezes de conseguir mais e mellhor, porque as condições financeiras do Tesouro também não o permitem, esta Direção-Geral nem por isso deixa de lamentar que os que pretendem proclamar-se legítimos representantes do pessoal da Imprensa procurem, num atropelo constante da verdade, criar aos outros situações de responsabilidade que só a eles cabem.»