“(…) Tendo feito diversas representações ao Ministério do Reino para pedir o pagamento de impressos que por ordem do mesmo Ministério foram feitos nesta Casa nos quatro meses últimos do ano próximo passado, na importância de 1:056.315 réis, não me foi possível haver quantia alguma por conta dessa soma, respondendo-me que as competentes requisições têm sido remetidas ao Ministério da Fazenda, mas que V. Ex.ª não ordenou o seu pagamento, porque por ocasião de se estabelecer que a cada Ministério seria somente distribuído em cada mês o duodécimo da sua respectiva datação, se supôs que o Ministério do Reino deveria arrecadar a quantia de réis 3:340.000, que no orçamento da Imprensa Nacional de 1845-1846, fora dada como lucros prováveis, ou remanescente da despesa da mesma Imprensa. Peço licença para ponderar respeitosamente a V. Ex.ª que aquele suposto não é exacto, por quanto os 3:340.000 réis foram apenas orçados, e não realizados, porque o despendioso custeamento desta vasta oficina não o permitiu. Ora se esses não se realizaram, não podem considerar-se como rendimentos efectivos. Vou pois rogar a V. Ex.ª que, atendendo ao que deixo exposto, e movido pela benigna protecção que sempre tem mostrado por esta Casa, se digne de ratiticar nesta parte o duodécimo que é distribuído ao Ministério do Reino, a fim de que a Imprensa Nacional receba o que lhe é devido em paga dos seus trabalhos, único rendimento de que subsiste, pois V. Ex.ª bem sabe que conquanto este Estabelecimento seja do Estado não leva dotação alguma no Orçamento. (…) Lisboa etc em 30 de Janeiro de 1846 .= Ill.mo e Ex.mo Snr. Conde do Tojal. = O Administrador Geral F. A. Pereira Marecos” (pp. 174-175)