Novo equipamento para as oficinas de gravura e fundição.

  • Referência
    «Imprensa Nacional — A oficina de gravura deste estabelecimento é dotada com modernos aparelhos», O Mundo, n.º 3715, de 5 de março de 1911, p. 1.
Assunto

Novo equipamento de fotogravura, zincogravura e fundição para as oficinas da Imprensa Nacional.

Ficha

«Reconhecida a necessidade absoluta de acompanhar os modernos processos de gravura química, a oficina de gravura na Imprensa Nacional, onde aliás há excelentes artistas gravadores em madeira e em metal, acaba de ser dotada com os aparelhos mais aperfeiçoados para aquele género de trabalho. Assim já se encontram ali montadas e prontas a funcionar uma máquina fotográfica Faiz & Werner e o competente prisma e projectores; uma máquina de serrar, circular, de grande velocidade; e uma ‘Rauting’, de desbastar, além de outros aparelhos complementares, destinados à fotogravura e à zincografia. Com a aquisição destas máquinas aquele estabelecimento começa de realizar uma economia importante, visto que vinha, de há longos anos, mandando executar todos os trabalhos de gravura química à indústria particular. Para a oficina de fundição tipográfica também foram adquiridas ultimamente duas máquinas de fundir, que já estão funcionando. Nessa oficina serão também, em breve, colocados uns novos aparelhos de ventilação para beneficiação do ambiente e da temperatura. As condições em que a oficina ora se encontra são prejudiciais sob esse ponto de vista para o operariado. A direção da oficina de gravura vai também, segundo nos consta, sofrer remodelação. Ao chefe atual, sr. Júlio César Cosmelli, distintíssimo artista, com uma larga folha de serviços na Imprensa, mas que se encontra, infelizmente, quase inabilitado, por uma dolorosíssima enfermidade, será concedida dentro em breves dias a aposentação. No seu lugar será provido o antigo gravador daquele estabelecimento, colaborador artístico deste jornal e nosso velho amigo sr. Eduardo Rebelo Alves Correia, que se tem dedicado com verdadeira devoção ao estudo dos novos processos de gravura química e que por isso mesmo e pelos demais merecimentos artísticos que o exornam, estava naturalmente indicado para substituir o sr. Júlio Cosmelli. De resto, todos os seus colegas em quem militam qualidades artísticas muito apreciáveis, mas subordinadas à especialidade a que se consagram (madeira ou metal) aceitam de melhor grado essa nomeação, de todo o ponto justa.»