Morte de Manuel Lapa.

  • Referência
    «A morte de Manuel Lapa», A Tribuna, de 19 de dezembro de 1979.
Assunto

Notícia sobre a recente morte do pintor Manuel Lapa.

Ficha

«O desaparecimento prematuro de Manuel Lapa enlutou o mundo da arte portuguesa. Pintor, gráfico, professor, este artista singular foi ao mesmo tempo um exemplo de homem bom e de cristão, cuja lição de toda a vida impressionou e marcou quantos com ele privaram ou conviveram.
Manuel Lapa pertenceu ao grupo dos artistas do segundo modernismo que colaboraram ativamente em muitas das iniciativas de António Ferro. Ao lado de Bernardo Marques, de Carlos Botelho, de Emérico Nunes, de Fred Kradolfer, de Estrela Faria, de Tom, colaborou em muitas exposições internacionais, na decoração do Museu de Arte Popular, na revista ‘Atlântico’, etc. Deve-se-lhe o pavilhão português na Exposição do Rio de Janeiro, em 1965, tendo sido um dos artistas que mais contribuíram para a renovação do gosto e das artes gráficas em Portugal.
Nos últimos anos, Manuel Lapa ensinava design gráfico e todas as disciplinas de grafismo no Instituto de Arte, Decoração e Design, o IADE, tendo-se formado sob a sua benéfica influência muitos jovens designers. Era também um dos principais orientadores gráficos das edições da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, que tinham a marca inconfundível da sua personalidade e do seu gosto.»