Ficha
«O Presidente Mário Soares diz, num livro ontem publicado, que durante 1987 procurou desenvolver a sua conceção de uma “magistratura de influência”.
No prefácio da obra, de 420 páginas, “Intervenções 2”, editada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, o Presidente da República explica que o ordenamento constitucional lhe confere uma posição em que pode exercer influência profunda na sociedade e no Estado.
Segundo Soares, o Presidente da República pode ser “apaziguante de tensões e de divisões” e gerar os necessários consensos nacionais.
O Presidente, porém, prossegue Soares, deverá demonstrar sentido de Estado e tato político, evitando transformar-se num interventor direto, portanto controverso nas questões políticas do dia-a-dia. […]»