Ficha

«Sem dúvida que o mais importante contributo dado à cultura portuguesa pela Imprensa Nacional consistiu na sua ininterrupta atividade editorial, alicerçada pela autossuficiência em material tipográfico, para além duma atividade permanente dos seus gravadores, e outos técnicos que asseguravam a renovação dos carateres e a utilização perfeita de ilustrações, tarjas e vinhetas.
Tendo passado por algumas fases mais apagadas na sua atividade editorial, atravessa atualmente a Imprensa Nacional uma importante fase de dinamização, tanto interna como externa, que se refletiu no ano camoniano, concretizando-se na publicação de obras integradas nas comemorações do IV Centenário do Poeta, e ainda na edição duma ‘Biblioteca de Autores Portugueses’.
A anterior imagem que emanava da Imprensa Nacional, como dada quase exclusivamente à alta cultura, embora de certo modo se conserve, passa agora por uma fase de ‘arejamento’, publicando obras e autores destinados a um público mais vasto, com prioridade na divulgação dos valores do nosso património literário histórico.
Alguns nomes distintos da cultura portuguesa passaram pela direção da Imprensa Nacional, dando o seu valioso contributo para a boa imagem e que esta desfruta.
Entre estes será de destacar nomes como o de Ruben Andersen Leitão (Ruben A), administrador extraordinariamente culto e impulsionador das atividades da Imprensa Nacional, o notável historiador e estudioso Hernâni Cidade, Jorge de Sena, poeta e ensaísta, romancista, assim como, mais recentemente, um Jacinto do Prado Coelho, Piteira Santos ou David Mourão Ferreira, todos eles contribuindo para a projeção de que a Imprensa Nacional desfruta internamente e no estrangeiro.»