«[…] Foi sempre costume nesta casa venderem-se grandes porções de papel impressos, que só podia servir embrulhar. Para este fim mandei fazer um exame nos respetivos armazéns, em que se encontraram edições [trancadas?] outras em extraordinário número de exemplares, e algumas de que há muitos anos se não vende um único exemplar, as quais por estarem armazenadas desde antigo tempo começam a arruinar-se. Fiz pois sair dos [mesmos?] armazéns o papel inútil, deixando de todas aquelas edições um suficiente número de exemplares, para serem vendidos quando sejam procurados.
Um exame igual mandei fazer no armazém da arrecadação das cartas de jogar, e ali se acharam muitos maços de cartas, de que se não vende nem um baralho há mais de vinte anos [em razão?] do seu antigo e feíssimo padrão, estampadas em mau papel colado, ou em pequeno cartão […].
É minha opinião que tanto aquele papel de embrulho como estas cartas se devem vender em Leilão na Imprensa Nacional, fazendo-se os necessários anúncios no Diário de Lisboa […].»