“Manda Sua Magestade a Rainha participar ao Administrador da Imprensa Nacional, para sua inteligencia e devidos efeitos, que por Decreto de 10 do corrente Foi a Mesma Augusta Senhora Servida demitir a José Maria Tavares do Lugar de Oficial Maior da Contadoria da referida Imprensa (…) Palácio das Necessidades em 20 de Outubro de 1835 = Rodrigo da Fonseca Magalhães (…)

Decreto

Constando-me por informação documentada, que fez subir pelo Ministerio competente o Administrador da Imprensa Nacional, que o Oficial Maior da Contadoria daquela Repartição José Maria Tavares fora no tempo da usurpação notoriamente inimigo dos que eram reputados meus subditos fiéis, e que entre outros factos por ele praticados nessa calamitosa época se tornara mais escandalosa a denuncia que dera de um dos Impressores daquele estabelecimento Amancio José da Silva Campos, contra o qual jurará depois causando-lhe um prisão de cento e noventa e cinco dias; e pedindo a justiça, e o decoro do Governo Constitucional, que não gozem de cargos nem beneficios por ele concedidos, os que deram tais provas de afinco ao barbaro partido da usurpação, tornando-se inimigos de seus honrados, e inocentes concidadãos: Hei por bem demitir o referido José Maria Tavares do Lugar de Oficial Maior da Contadoria da Imprensa Nacional. O Ministro e Secretário d’Estado dos Negócios do Reino o tenha assim entendido e faça executar. Palácio das Necessidades em 17 de Outubro de 1835 = Rainha = Rodrigo da Fonseca Magalhães” (pp. 35)