COIMBRA, Abraão Rodrigues

  • Nascimento
    1899
  • Morte
    ?
  • Categoria Profissional
    Compositor manual
Biografia

Nasceu em 6 de junho de 1899, em Miranda do Corvo.
Em 1928 era delegado do Partido Comunista em Lisboa. Segundo informação policial do mesmo ano, foi a Braga organizar a delegação e a juventude locais do Partido. Para a concretização desse objetivo preparou ainda reuniões na Associação dos Chapeleiros de Braga.
Em 7 de novembro de 1931 foi preso por divulgação de «manifestos subversivos e por ser um elemento de grande ação na organização comunista em Portugal». Terá também afixado prospetos de propaganda do jornal Avante e do Socorro Vermelho para «comemorar o aniversário da revolução russa». Acabou por seguir para Peniche, em 3 de julho de 1932, onde lhe foi fixada residência obrigatória por ordem do Governo, fugindo poucos meses depois, em 23 de dezembro.
Novamente preso em 21 de julho de 1933, na oficina da Cooperativa «Casa dos Gráficos» onde era tipógrafo, confessou ter participado na composição de O Jovem — Órgão central da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas, O Marinheiro-Vermelho — porta-voz da Organização Revolucionária da Armada e o Folheto «Construindo um Mundo Novo».
Esteve ligado à Comissão Intersindical, organismo correlacionado com a Internacional Sindical Vermelha, e ao Comité de Unidade Antifascista, aparelho criado numa reunião decorrida na Associação de Socorros Mútuos do Pessoal do Arsenal do Exército, onde esteve presente, representando a Associação de Classe dos Compositores Tipográficos. Foi julgado pelo Tribunal Militar Especial em 22 de janeiro de 1934 e condenado a seis meses de prisão correcional. Foi restituído à liberdade no mesmo dia por ter cumprido a pena em prisão preventiva.
Fez depois parte do grupo dos subsidiados pelo Comissariado do Desemprego que estavam ao serviço da Imprensa Nacional, no «Anexo» da Rua da Rosa, na qualidade de compositor. Em agosto de 1935 foi acusado, com outros funcionários, de integrar clandestinamente o «Sindicato Vermelho». Em 25 de maio de 1937 foi novamente preso pela PVDE para averiguações. Nesta altura era já compositor tipográfico na Imprensa Nacional.